Assistido na 13ª edição do In-Edit Brasil, festival de documentários musicais, realizado dos dias 16 a 27 de junho
Duração: 96 min. Elenco: Bonnie Raitt, Kathy Valentine, Kate Pierson, Jean Millington, June Millington, Alice de Buhr, Nickey Barclay, Patti Quatro. País: Canadá.
Duas irmãs de origem filipina montaram uma banda com as amigas e trabalharam tão duro que chamaram a atenção de David Bowie. O sucesso era inevitável, certo? Mas não aconteceu e, como em um passe de mágica, o grupo formado apenas por mulheres desapareceu dos programas de TV e rádio, e muitas pessoas se perguntavam o que havia acontecido elas? "Fanny: The Right to Rock" surge para contar a história da banda Fanny.
A diretora Bobbi Jo Hart opta por dividir o longa em três partes: a primeira mostra parte da banda se reunindo pela primeira vez em pouco menos de 50 anos para um ensaio, depois abre espaço para as integrantes, ex-produtores, amigos e fãs famosos para contarem a história da Fanny. Elas tinham tudo para conseguir sucesso, tinham boas músicas, tocavam bem os respectivos instrumentos e eram capas de semanários, jornais e publicações especializadas.
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Apesar de tudo, a vida delas nunca foi fácil. Já era difícil só por ser mulher, mas a xenofobia e o preconceito só pioravam as coisas no meio. E sem um sucesso para chamar de seu, as coisas foram ficando ainda piores. Brigas, desentendimentos, mudança de formação, estafa, sem dinheiro e falta de perspectiva as colocaram em uma sinuca de bico. Gradualmente, a banda foi se desintegrando até chegar ao fim, antes mesmo de conseguir aproveitar o único single de sucesso.
A última meia hora é reservada para o reencontro das integrantes, a finalização da gravação de um disco de inéditas e da celebração do pioneirismo da Fanny no mundo da música e como elas foram responsáveis por inspirar centenas de garotas pelo mundo a tocar guitarra e montar a própria banda. Nem mesmo um grave problema de saúde de uma das integrantes foi capaz de pará-las.
Fanny foi uma das bandas favoritas de Bowie e o documentário mostra o pecado dessa carreira não ter conseguido algo melhor no curto período de existência. Celebrar essa história era algo que faltava. Agora não falta mais.
Avaliação: muito bom
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