História do disco
O Incubus começou a carreira na cena alternativa de música na Califórnia no início dos anos 1990, quando todos os membros ainda estava no ensino médio. A banda nasceu e foi inspirada pelo sucesso do Red Hot Chili Peppers na mesma época. À medida em que Brandon Boyd (vocal e percussão), Mike Einziger (guitarra), Alex Katunich (baixo) e José Pasillas (bateria) foram crescendo, o repertório musical foi aumentando com o acréscimo de influências do ska, rap e metal.
Mas foi em 1995, quando o primeiro DJ da banda entrou e o público cresceu muito, que eles conseguiram chamar atenção de uma gravadora. Mais precisamente da Immortal, a subsidiária da Epic, para um contrato. "S.C.I.E.N.C.E." (1997) foi o primeiro disco de estúdio, e isso os colocou em um bom patamar para abrir shows para Korn, Primus, 311, Sublime e Unwritten Law no ano seguinte. O auge foi ter conseguido um lugar no Ozzfest, festival de Ozzy Osbourne, em 1998. Nesse mesmo ano, DJ Kilmore entraria no grupo.
Mais discos dos anos 2000:
Discos para história: Out of Time, do R.E.M. (1991)
Discos para história: Queens of the Stone Age, do Queens of the Stone Age (1998)
Discos para história: Chaos A.D., do Sepultura (1993)
Discos para história: Nowhere, do Ride (1990)
Discos para história: Carnaval na Obra, do Mundo Livre S/A (1998)
Discos para história: It's a Shame About Ray, do Lemonheads (1992)
"O primeiro Ozzfest que fizemos foi em 1998. E o segundo foi em 2000, a primeira vez abrindo o palco principal. O palco principal era muito diferente, eles tinham bandas como... Pantera, Sevendust e todas essas bandas que eram realmente pesadas na época. Nós tínhamos alguns elementos pesados, mas também tínhamos um DJ e harmonias", contou Brandon Boyd à 'Vice' em 2013.
"Honestamente, ficamos muito entusiasmados em estar tocando diante de um grande público. Havia algumas pessoas que não estavam tão emocionadas em nos ver, mas ficamos felizes pela oportunidade. Somos eternamente gratos à família Osbourne. Nós nos divertimos muito e conhecemos muitas bandas legais", completou.
O ano de 1999 foi focado no trabalho e lançamento de "Make Yourself". E quem pensa que foi fácil está enganado. As gravações do álbum começaram com o produtor Jim Wirt no comando, mas a banda não estava gostando do trabalho. Wirt ganhou cartão azul e foram três semanas de trabalho só os cinco quando Scott Litt, conhecido por seus trabalhos com R.E.M. e Nirvana, ouviu uma demo, gostou e se ofereceu para ajudá-los na difícil missão do segundo disco de estúdio.
Veja também:
Discos para história: Them Crooked Vultures, do Them Crooked Vultures (2009)
Discos para história: Technique, do New Order (1989)
Discos para história: Bayou Country, do Credence Clearwater Revival (1969)
Discos para história: Reggatta De Blanc, do Police (1979)
Discos para história: The Genius of Ray Charles, de Ray Charles (1959)
Discos para história: Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, de Cássia Eller (1999)
Lançado em outubro de 1999, "Make Yourself" conseguiu apenas o 83º lugar nas paradas britânicas e o 43º na americana. Mas se foi tão mal, por que o Incubus fez tanto sucesso? Eles seguiram em turnê e lançaram "Pardon Me" como single de trabalho, também não bem recebido pelo público. Foi quando a banda lançou uma versão acústica da faixa, sendo essa com maior aceitação e entrada nas grandes estações das maiores cidades dos Estados Unidos.
Com o sucesso dessa versão, a original começou a tocar nas rádios. E isso impulsionou a venda do disco, que atingiu 500 mil cópias comercializadas em abril de 2000. Em outubro, bateu 1 milhão. Em novembro, eram três músicas no top 20 americano com "Drive" na primeira colocação. Era o Incubus chegando ao topo do mundo.
Resenha de "Make Yourself"
Encaixaram o Incubus no que ficou conhecido como nu metal, uma mistura de hip-hop com metal (explicado de maneira bem porca), e isso fica claro em "Privilege". Podemos ouvir essa mistura de forma muito clara. E foi essa união que fez muitas bandas daquela época, como Linkin Park, ganhar uma imensidão de fãs pelo mundo. Na sequência vem a balada bem melosa chamada "Nowhere Fast", um embrião de "Anna Molly" -- sucesso do grupo nos anos seguintes.
"Consequence" tem bem mais rap do que as anteriores e também tem mais guitarra e instrumentos . É palpite, mas pode ser que aqui tenha sido definido o som que levou o grupo ao sucesso há 20 anos. A base é bem parecida com a maioria das principais canções deles, sendo o mesmo caso de "The Warmth".
O álbum segue a mesma fórmula em "When It Comes", "Stellar" e na faixa-título, em que a o grupo imprime um ritmo muito próprio às faixas para agradar a então base de fãs. Depois de tanto peso e gritaria, a chegada de "Drive" é um alívio para quem queria uma pausa. Forte, mas bem suave, a faixa ganhou muitas pessoas na época por também ser uma fase em que o lado mais pop dos grupos estava ganhando força nas rádios. O resultado é uma balada cheia de efeitos e pronta para fazer sucesso.
Depois dela, a banda transita muito bem entre a forte "Clean" e a jam cheia de feitos "Battlestar Scralatchtica". Para finalizar o disco, a balada "I Miss You" e as mais "roqueiras" "Pardon Me" e "Out from Under".
O importante de "Make Yourself" é que, mesmo refletindo seu tempo, não ficou datado e ainda soa fresco aos ouvidos. Ainda dá para ouvir o ímpeto juvenil de uma banda que estava na estrada há quase uma década e, com esse trabalho, finalmente chegou ao estrelato.
Ficha técnica
Tracklist:
1 - "Privilege" (3:54)
2 - "Nowhere Fast" (4:30)
3 - "Consequence" (3:18)
4 - "The Warmth" (4:24)
5 - "When It Comes" (4:00)
6 - "Stellar" (3:20)
7 - "Make Yourself" (3:03)
8 - "Drive" (3:52)
9 - "Clean" (3:55)
10 - "Battlestar Scralatchtica" (3:49)
11 - "I Miss You" (2:48)
12 - "Pardon Me" (3:43)
13 - "Out from Under" (3:28)
Todas as músicas foram compostas por Brandon Boyd, Mike Einziger, Alex Katunich, Chris Kilmore e Jose Pasillas
Gravadora: Epic/Immortal
Produção: Incubus e Scott Litt
Duração: 48min12s
Brandon Boyd: vocal e percussão
Mike Einziger: guitarra
DJ Kilmore: mesa de som e efeitos
Dirk Lance: baixo
Jose Pasillas: bateria
Convidados:
Cut Chemist: efeitos em "Battlestar Scralatchtica"
Dave Holdridge: melotron em "Drive" e "I Miss You"
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