Primeiro álbum da banda chegou ao primeiro lugar no Reino Unido
História do disco*
Coldplay é mais um caso de banda em que boa parte dos integrantes se conheceu na faculdade – casos de Chris Martin and Jonny Buckland;
O grupo teve os nomes de Pectoralz e Starfish antes de adotar o nome atual;
Guy Berryman e Will Champion entraram depois e seguem até hoje no Coldplay;
Eles adotaram o nome Coldplay por sugestão de um colega de classe;
Antes do primeiro disco, eles lançaram três EPs: Safety (1998), Brothers & Sisters e The Blue Room (1999);
The Blue Room já foi lançado pela gravadora Parlophone, a mesma dos Beatles;
A gravação do álbum foi bem tumultuada e Will Champion acabou sendo demitido;
Mais discos dos anos 2000:
Discos para história: In Rainbows, do Radiohead (2007)
Discos para história: Only By The Night, do Kings of Leon (2008)
Discos para história: Vagarosa, de Céu (2009)
Discos para história: Sound of Silver, do LCD Soundsystem (2007)
Discos para história: Rap é Compromisso!, de Sabotage (2001)
Discos para história: Raising Sand, de Robert Plant e Alison Krauss (2007)
Mas Chris Martin acabou o recontratando depois de uma conversa;
As gravações do que viria a ser Parachutes começaram de forma desastrosa;
Após tirar uma folga, a banda não tinha nenhum material bom o suficiente para entrar;
E eles tomaram uma bela 'encarcada' do produtor Chris Allison, que reclamou em alto e bom som sobre a qualidade;
"Yellow", por exemplo, só foi composta e gravada quando o disco estava ganhando corpo;
Aliás, Alison estava ali apenas quebrando um galho. O produtor escolhido para tocar o trabalho foi Ken Nelson;
Mas Alison ficou com o crédito pela produção de "High Speed";
Nelson chegou e viu um trabalho que deveria começar e terminar em setembro de 1999 ir até maio de 2000;
Calma: foi a agenda cheia que impediu a banda de concluir o disco no primeiro prazo;
Porque a banda estava estourada no Reino Unido e acabou tocando no Glastonbury daquele ano;
Lançado em 10 de julho de 2000, Parachutes chegou ao primeiro lugar da parada britânica;
Disponibilizado no mercado americano apenas em novembro, conseguiu a modesta 51ª posição;
"Shiver", "Yellow", "Trouble" e "Don't Panic" foram os singles de trabalho;
A primeira explodiu no Reino Unido, enquanto a segunda chegou ao principal posto nos Estados Unidos;
Veja também:
Discos para história: The Sensual World, de Kate Bush (1989)
Discos para história: A Girl Called Dusty, de Dusty Springfield (1964)
Discos para história: It's a Shame About Ray, do Lemonheads (1992)
Discos para história: Gunfighter Ballads and Trail Songs, de Marty Robbins (1959)
Discos para história: Physical Graffiti, do Led Zeppelin (1975)
Discos para história: Low, de David Bowie (1977)
Discos para história: Either/Or, de Elliott Smith (1997)
O crítico da Pitchfork chamou o disco de "inofensivo" e "sem substância";
Mas a maioria gostou ao destacar os arranjos das faixas;
Parachutes é está na lista das 20 maiores estreias da história da música britânica com quase 2,5 milhões de discos vendidos;
Chris Martin afirmou, mais de uma vez, que o álbum é o que ele menos gosta da banda.
*Estou testando um novo formato mais uma vez. Me digam se vocês gostaram ou não
Resenha de Parachutes
"Don't Panic" é uma homenagem ao Guia do Mochileiro das Galáxias, livro de Douglas Adams, e traz uma melodia muito bonita para destacar bem o refrão (We live in a beautiful world/ Yeah we do, yeah we do/ We live in a beautiful world). Primeiro single do álbum, "Shiver" abriu, definitivamente, o caminho para o sucesso do Coldplay ao apostar na guitarra e em uma história de amor – Chris Martin nunca revelou quem foi a mulher que o inspirou a escrever a letra.
Como uma boa banda britânica, não poderia faltar uma homenagem a algo bem local – no caso, o agente 007. "Spies" é inspirada nos filmes em que James Bond é chamado para salvar o mundo e é até boa, diferente de "Sparks", que não faria a menor diferença se não estivesse no álbum.
É bem difícil não achar "Yellow" uma boa música. Ela tem todos os elementos que ajudam na identificação das pessoas – uma melodia muito simples aliada com uma história em que muita gente passou ou gostaria de ter passado em algum momento da vida. É o arrasa-quarteirão que qualquer banda gostaria de ter, aquele sucesso feito uma vez que paga o aluguel todos os meses. Depois de todos esses anos, a quinta faixa de Parachutes ainda continua soando bem aos ouvidos.
E depois de todos esses anos, esqueci completamente que o Coldplay tinha gravado "Trouble", outra ótima faixa com um refrão bem fácil (I never meant to cause you trouble/ I never meant to do you wrong/ And I, well if I ever caused you trouble/ Oh, no, I never meant to do you harm) e uma bonita linha de piano. Uma pena que o ritmo é completamente quebrado pela faixa-título que, com 46 segundos, ficou completamente sem sentido dentro do álbum.
"High Speed" é outra que é abaixo das melhores do disco e funciona para preencher espaço, mas, principalmente, para conectar a própria banda com o então passado – é como uma auto-homenagem. E em "We Never Change" vemos uma letra muito profunda e cheia de metáforas sobre como é difícil mudar e deixar de fazer algo ruim para agradar outras pessoas. Se "Everything's Not Lost" fala sobre como é difícil se livrar dos demônios do dia a dia, a faixa escondida "Life is for Living" é o pedido de desculpas pelos erros.
O Coldplay é o caso de banda em que o segundo disco é melhor do que o primeiro, que parece ter servido para amadurecer ideias – de composições e letras. Parachutes é bom, apesar de um ou outro momento mais abaixo. Mas isso pouco importa, já que foi a entrada deles para o sucesso. E isso está perto de completar duas décadas.
Ficha técnica
Tracklist:
1 - "Don't Panic" (2:17)
2 - "Shiver" (5:00)
3 - "Spies" (5:19)
4 - "Sparks" (3:47)
5 - "Yellow" (4:29)
6 - "Trouble" (4:31)
7 - "Parachutes" (0:46)
8 - "High Speed" (4:14)
9 - "We Never Change" (4:09)
10 - "Everything's Not Lost" ("Everything's Not Lost" acaba ao 5:31. A faixa escondida "Life is for Living" começa aos 5:39) (7:17)
Gravadora: Parlophone
Produção: Chris Allison, Coldplay e Ken Nelson
Duração: 41min49s
Chris Martin: vocal, violão e teclado
Jonny Buckland: guitarra, piano e vocal de apoio
Guy Berryman: baixo e baixo acústico
Will Champion: bateria, percussão e vocal de apoio
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