Álbuns de estúdio: Wilco


Depois de sete meses, enfim o Álbuns de estúdio está de volta. E a demora valeu a pena, porque a seção retorna com a discografia do Wilco, incluindo o novo disco. Concordam ou discordam das notas? Deixem um comentário.


A.M. (1995)

É o típico disco country que Jeff Tweedy fazia em sua antiga banda, o Uncle Tupelo, desmanchada alguns meses antes dessa estreia. Não foi um disco que fez muito barulho na crítica, mas, ouvindo agora, mostra algumas coisas que o cantor e compositor levaria consigo em seus trabalhos mais à frente. Fica muito claro que o Wilco era uma banda em construção e ainda buscando uma identidade.

Nota: 3/5


Being There (1996)

Ouvir Being There é identificar, de cara, uma pegada bem Rolling Stones logo de cara. Depois Jeff Tweedy alterna os instrumentos e as faixas – entre baladas e mais pesadas. “Outtasite (Outta Mind)” foi escolhida para ser single, mas há outras canções muito boas aqui (“What's the World Got in Store", "Hotel Arizona", "Misunderstood" e "Say You Miss Me" no disco 1; "Sunken Treasure", "Outta Mind (Outta Sight)" e "Dreamer in My Dreams" no disco 2, para ficar em apenas alguns exemplos). Geralmente, álbuns duplos têm problemas de irregularidade, mas tudo foi minimizado aqui. O Wilco estava se aprontado para ser grande.

Nota: 4/5


Summerteeth (1999)

O Wilco atingiu o esperado sucesso. Ao vender 200 mil cópias na primeira semana, Summerteeth abriu várias portas ao grupo. Vivendo problemas no casamento, Tweedy usou as letras para desabafar. E, claro, conseguiu identificação de várias pessoas pelo mundo. Gravado no estúdio de Willie Nelson, lenda do country, no Texas, o terceiro disco de estúdio do grupo traz "Can't Stand It", "We're Just Friends" e "I'm Always in Love", para ficar apenas nos exemplos das primeiras faixas, que beiram a mais pura melancolia. E ainda tem “ELT”, uma daquelas muito acima da média. Um ótimo disco mais uma vez.

Nota: 4/5


Yankee Hotel Foxtrot (2002)

Escrever um disco basicamente cheio de canções tristes não deve ser fácil, mas o Wilco conseguiu. Yankee Hotel Foxtrot é avaliado como um dos melhores álbuns do início dos anos 2000 e conseguiu isso graças aos hits "I'm the Man Who Loves You", "Kamera" e "Heavy Metal Drummer", por exemplo, que fazem sucesso entre os fãs até os dias atuais. Por um rolo com a Reprise, quase o trabalho não saiu, então o Wilco jogou de graça em seu site. Só em abril de 2002 é que veio a versão física, que vendeu absurdamente bem e consolidou o Wilco entre as grandes bandas da década. É desses discos inesquecíveis para quem ouve e é difícil não se apegar a cada canção. São doses cavalares de verdades.

Nota: 5/5


A Ghost Is Born (2004)

Bem mais experimental do que todos os outros, A Ghost Is Born colocou o Wilco em uma posição interessante: ao mesmo tempo em que sentia o gosto do sucesso em maior escala, a banda optou por fazer um disco completamente oposto ao seu maior sucesso. O resultado, claro, pode ter decepcionado muita gente, mas o entendimento é que eles não ficariam presos a determinado estilo ou gosto. O negócio é música, não importa a forma. A se destacar a longa, esquisita e quase delirante "Less Than You Think" e seus mais de 15 minutos de duração em uma improvisação de dar inveja a muitos.

Nota: 3,5/5


Sky Blue Sky (2007)

Sky Blue Sky pode não ser o melhor disco do Wilco, mas a banda já apontava para 2015 há oito anos ao oferecer o download do disco de graça. "Impossible Germany", "Shake It Off", “Hate It Here” são os destaques de um trabalho um pouco abaixo do anterior– e menos esquisito, diga-se, e bem mais leve. Aqui, a banda atingia um patamar interessante porque dar um álbum de graça não é para qualquer um. O futuro estava ali e o Wilco viu.

Nota: 3/5


Wilco (The Album) (2009)

Retornando de vez com as guitarras altas, o Wilco conseguiu fazer mais um bom trabalho no disco que leva o nome da banda. A faixa-título, "Country Disappeared" e "Dark Neon" são os destaques de um trabalho um tanto superior ao anterior, pois é há uma melhora na volta ao básico, além mostrar que é possível transitar em todo tipo de gênero e ritmo sem sair de sua base musical – isso, claro, aliado com ótimas composições mais uma vez.

Nota: 3,5/5


The Whole Love (2011)

Se pudesse escolher uma música que traduzisse o melhor momento do Wilco nesta nova década, escolheria "One Sunday Morning (Song for Jane Smiley's Boyfriend)". Um tanto subestimada, ela é uma das melhores canções lançadas pelo grupo. E está no ótimo The Whole Love, um dos melhores trabalhos deles em estúdio. Aqui tem um resumo perfeito de como o Wilco é uma das melhores bandas do mundo. Eles, definitivamente, conquistaram muitos corações.

Nota: 4/5


Star Wars (2015)

É um disco competente por parte do Wilco, isso é um fato. Mas também é fato que está longe de estar entre os melhores momentos do grupo. Esse trabalho soa como aquele em que pegarão duas, no máximo três músicas, para tocar ao longo dos anos e o resto cai no esquecimento logo (leia a resenha completa clicando aqui).

Nota: 3/5

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