Resenha: Rod Stewart – Blood Red Roses


Cantor chega ao incrível número de 30 discos lançados

Rod Stewart, 73, parece estar mais na ativa do que nunca. Desde o lançamento de “Time” (2013), quando apresentou ao mundo o primeiro disco com músicas inéditas em muito anos, e “Another Country” (2015) ele parece estar mais empolgado do que nunca para tocar a carreira – isso incluiu o lançamento de uma autobiografia. “Blood Red Roses”, o mais recente lançamento do cantor britânico, carrega o simbolismo de ser o 30º disco de estúdio em pouco mais de 50 anos de carreira.

"Look in Her Eyes" abre o disco com uma batida eletrônica e feita para dançar, o que soa um aceno aos jovens e a quem deseja ser jovem para sempre. Não é o tipo de faixa que esperava logo na abertura do disco, mas é o famoso “vamos ver até onde isso vai”. E continua na animada "Hole in My Heart", em que Rod Stewart parece ter se divertido à beça para gravá-la.

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Terceira canção do álbum, "Farewell" era exatamente o que esperava dele nesse trabalho, principalmente por se parecer muito com algumas das letras presentes em “Time” – algo mais reflexivo, com um bom arranjo e cheia de auto referências. A sequência de canções mais leves segue com "Didn't I", essa com um forte apelo dos vocais de apoio e uma levada bem leve para acompanhar. E a faixa-título traz uma gaita de foles para ajudar no arranjo dançante e bem típico da Escócia, lugar que o cantor ama (o pai dele é de lá e ele é torcedor fanático do Celtics).

A balada melancólica "Grace" é das mais tristes que Stewart cantou recentemente, principalmente por apresentar um tom muito pessoal. O clima é quebrado abruptamente pelas dançantes "Give Me Love" e "Rest of My Life", que parecem ter sido feitas para fazer a alegria das pessoas que frequentam os cassinos em Las Vegas.

No único cover, Stewart abre espaço para homenagear o blues dos Estados Unidos com "Rollin' & Tumblin'", clássico regravado por inúmeros artistas do gênero e fãs deles que formaram bandas – Cream, Johnny Winter, Fleetwood Mac, entre outros. E a faixa ganhou um teor bem animado e cheio de energia, uma releitura mais jovial e pautada pela guitarra. O clima leve retorna na balada "Julia" e na também cheia de referências pessoais "Honey Gold", enquanto "Vegas Shuffle" é mais uma do clube das dançantes. Última faixa, "Cold Old London" soa muito uma música de trilha dos filmes da Disney.

Rod Stewart ainda ter pique para entregar um disco com mais de 50 minutos é incrível. As baladas funcionam bem, de maneira geral, mas as mais agitadas parecem muito forçar uma barra para atrair um público que vai ouvir e esquecer essas músicas menos de cinco minutos depois de ouvi-las. Dá para aproveitar uma ou outra coisa por aqui, apesar de o resultado não ser dos melhores.

Tracklist:

1 - "Look in Her Eyes"
2 - "Hole in My Heart"
3 - "Farewell"
4 - "Didn't I" (featuring Bridget Cady)
5 - "Blood Red Roses"
6 - "Grace"
7 - "Give Me Love"
8 - "Rest of My Life"
9 - "Rollin' & Tumblin'"
10 - "Julia"
11 - "Honey Gold"
12 - "Vegas Shuffle"
13 - "Cold Old London"

Avaliação: regular




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