Resenha: The Magpie Salute – High Water I


Banda foi formada em 2016 e disponibilizou recentemente o primeiro disco de estúdio

O guitarrista Rich Robinson formou o Magpie Salute há pouco menos de dois anos com Marc Ford e Sven Pipien, todos membros do Black Crowes (Matt Slocum, Joe Magistro e John Hogg completam a formação). E a banda começou de maneira nada peculiar: o primeiro registro deles é um disco ao vivo, disponibilizado em 2017. Foi apenas em agosto deste ano que saiu o primeiro disco de inéditas do grupo, “High Water I”, o que podemos chamar de início oficial da discografia da banda – eles prometem uma continuação para 2019.

Logo em "Mary the Gypsy", para quem não conhece, fica um recado claro que o estilo da banda pende para uma mistura entre Tom Petty and the Heartbreakers com Lynyrd Skynyrd. Curta, a faixa inicial dá o tom do que será uma parte do disco. A outra vem em "High Water", essa uma mistura entre romântico e melancólico – apoiada tanto pela guitarra quanto pelo violão.

Veja também:
Resenha: Willie Nelson – My Way
Resenha: Paul Simon – In the Blue Light
Resenha: Anna Calvi – Hunter
Resenha: Alice in Chains – Rainier Fog
Resenha: Miles Kane – Coup de Grace
Resenha: Mahmundi – Para Dias Ruins
Resenha: Bombino – Deran


Uma de potencial enorme para fazer sucesso é "Send Me an Omen". De arranjo bem digerível e letra fácil de decorar, a faixa é dessas para cantar junto logo na terceira vez seguida que você ouve – e, sim, eu sei do que estou falando. E "For the Wind", um country blues com pitadas de hard rock, lembra muito o tipo de canção que o Velvet Revolver faria no terceiro disco de estúdio que nunca veio.

Outra de incrível potencial é "Sister Moon", uma das melhores canções que ouvi neste ano por ter um refrão matador (Hold yourself up, hang your head high/ Out in the distance an orange sky/ Sister Moon, you came too soon/ Is it true all those things they said, they said/ About you), mas a banda chega mesmo no auge em "Color Blind". A sexta faixa do disco é dessas que te pega pela alma de um jeito que pode te mudar para sempre, principalmente se você tem alguma coisa contra o country, o blues ou ambos. É o tipo de letra que te envolve no discurso e no arranjo, e não são pequenas as chances de você colocar um chapéu, um pedaço de palha na boca e querer ser a próxima estrela de alguns desses gêneros.

O lado mais agressivo retorna em "Take It All", porém "Walk on Water" traz de volta o lado mais suave em uma canção ótima. Em um disco assim, não tem como não esperar uma faixa que tem um clima de saloon do velho oeste. E ela surge em "Hand in Hand", feita para colocar o pessoal para dançar na sola da bota e na palma da mão. A parte final reserva espaço para três baladas ("You Found Me", "Can You See" e "Open Up").

Se a expectativa era alta para esse disco, o Magpie Salute correspondeu em 100%. Que trabalho lindo. A mistura de country, blues e baladas deu ao disco consistência e vontade de ouvir mais e mais vezes para absorver tudo que foi dito e tocado. Certamente, um dos melhores álbuns do ano.

Tracklist:

1 - "Mary the Gypsy"
2 - "High Water"
3 - "Send Me an Omen"
4 - "For the Wind"
5 - "Sister Moon"
6 - "Color Blind"
7 - "Take It All"
8 - "Walk on Water"
9 - "Hand in Hand"
10 - "You Found Me"
11 - "Can You See"
12 - "Open Up"

Avaliação: ótimo




Siga o blog no Twitter Twitter e no Facebook e assine o canal no YouTube. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

Saiba como ajudar o blog a continuar existindo

Gostou do post? Compartilhe nas redes sociais e indique o blog aos amigos!

Continue no blog: