Resenha: Anonymous Club, de Danny Cohen

Assistido na 14ª edição do In-Edit Brasil, festival de documentários musicais, realizado dos dias 15 a 26 de junho

Duração: 83 min. Elenco: Courtney Barnett. País: Austrália.

Courtney Barnett é uma das melhores guitarristas dos últimos anos. Com trabalhos muito acima da média, ela conquistou fãs ao longo do mundo com um repertório cheio de sinceridade. Longe dos holofotes, o público só a conhece pelas letras e pelas poucas entrevistas.

Convidada pelo amigo e diretor Danny Cohen para gravar um diário em áudio, a cantora também foi filmada por ele ao longo de três anos. A partir dessas imagens e arquivos, Cohen montou o documentário "Anonymous Club", um perfil sobre uma das artistas mais interessantes dos últimos anos.

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Nos primeiros minutos do longa, Barnett é insegura no palco, com o repertório e consigo mesma. São muitas dúvidas, questões internas, perguntas sem respostas e uma insegurança que beira a dúvida: ela terá forças para continuar a própria carreira pelos próximos anos?

Mas, à medida que o tempo passa, ela amadurece não só na vida profissional, mas na vida pessoal também. A diferença dela do segundo álbum, "Tell Me How You Really Feel", de 2018, para as composições de "Things Take Time, Take Time", lançado no final de 2021, é brutal. Ela sai de uma melancolia que a consome de várias formas para um otimismo que a faz dar uma boa gargalhada nos momentos finais.

"Anonymous Club" é um documentário-perfil bem construído para falar sobre uma das artistas mais interessantes dos últimos anos. Descobrir o que existe por trás de uma artista é sempre bom, mas de uma com muita coisa para dizer é ainda melhor. Courtney Barnett merece ser conhecida pot mais gente e esse filme é uma ótima chance.

Avaliação: muito bom

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