O Manic Street Preachers está aí há quase 30 anos fazendo discos e músicas marcantes na vida das pessoas. E o mais importante: sem longas pausas na carreira. A maior diferença entre um disco e outro segue sendo entre "Futurology" (2014) e "Resistance Is Futile" (2018), os antecessores do mais recente trabalho de estúdio.
"The Ultra Vivid Lament", diferentemente dos discos anteriores, foi baseado inteiro no piano. Só depois os outros instrumentos foram inseridos, então é um trabalho mais melódico de menos peso do que os anteriores. "Still Snowing in Sapporo" mostra bem isso logo na abertura.
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Mas o mais impressionante é a sequência formada por "Orwellian", essa uma balada no piano do início ao fim, e a potente "The Secret He Had Missed", que tem na voz de Julia Cumming a ajuda para balancear a faixa. São duas canções das melhores e ajudam a entender bem essa nova fase Manic Street Preachers, um pouco mais leve e menos potente, caso de "Diapause".
Mesmo com um disco mais leve, a banda ainda segue fazendo música que os fãs se acostumaram, casos de "Don't Let the Night Divide Us" e "Into the Waves of Love", sendo a segunda em uma vibe Roupa Nova que os mais velhos vão gostar. E ainda há espaço para a sombria "Blank Diary Entry", essa com participação de Mark Lanegan.
Ao que parece, pelo menos nesse disco, o Manic Street Preachers pretende ter mais uma abordagem para compor as músicas a partir de agora. "The Ultra Vivid Lament" é mais triste do que os anteriores e reflete bem o nosso tempo. Talvez seja só uma fase, mas a banda mostra mais uma carta na manga a partir de agora.
Tracklist:
1 - "Still Snowing in Sapporo"
2 - "Orwellian"
3 - "The Secret He Had Missed" (feat. Julia Cumming)
4 - "Quest for Ancient Colour"
5 - "Don't Let the Night Divide Us"
6 - "Diapause"
7 - "Complicated Illusions"
8 - "Into the Waves of Love"
9 - "Blank Diary Entry" (feat. Mark Lanegan)
10 - "Happy Bored Alone"
11 - "Afterending"
Avaliação: muito bom
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