Resenha: Manic Street Preachers – Resistance Is Futile


Galeses estão de volta quatro anos após o último disco de inéditas

Uma das melhores bandas dos últimos 30 anos, os galeses do Manic Street Preachers estavam há quatro anos sem material inédito na praça. Desde Futurology (2014), eles estavam em turnê por aí e só começaram a trabalhar na produção do novo registro no segundo semestre do ano passado. Pois, enfim, Resistance Is Futile foi lançado na última sexta-feira (13), com direito a demos disponibilizadas junto com o 13º disco de estúdio.

Gosto muito de Manic Street Preachers e defendê-los-ei (ui) em qualquer roda sobre música. Um bom argumento de com eles ainda são relevantes é mostrar "People Give In", faixa de abertura do novo álbum. É cada vez mais difícil encontrar uma música com essa força e qualidade logo de cara em uma letra muito bonita sobre o ser humano e como ter força para seguir em frente. A animada "International Blue" chega para mostrar os bons usos da guitarra e da construção do clímax até o refrão.

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"Distant Colours" abre o lado mais saudosista do álbum, com o vocalista e compositor James Dean Bradfield contando um pouco de sua infância e juventude no País de Gales. "Vivian" e sua pegada mais pop, "Dylan & Caitlin" com o dueto com a cantora The Anchoress e "Liverpool Revisited" apostam em melodias e andamentos mais suaves e fáceis. Esses elementos ajudam bastante a entender a banda e mostram como eles conseguem fazer canções simples, mas de característica muito própria.

À sua maneira, o Manic Street Preachers entrega uma faixa bem carregada nos instrumentos em "Sequels of Forgotten Wars", enquanto "Hold Me Like a Heaven" carrega um tom quase religioso em que o teclado ao fundo ajuda a dar esse tom. O ritmo do início retorna na ótima "In Eternity", outra em que a pegada mais leve e a melancolia estão unidas em um clima construído aos poucos até explodir em um refrão ótimo para cantar junto (Close the curtains in L.A/ Open them up on a Berlin day/ Self-made and self-realised/ Always ready to disguise).

A parte final começa com a juvenil "Broken Algorithms", uma boa discussão sobre o momento atual de uma sociedade quase inteiramente dependente da internet para tocar negócios e conviver em grupos. Depois aparece "A Song for the Sadness", Manic Street Preachers até o pescoço. Do início de tom épico até o refrão, é um bom resumo do que eles podem fazer quando tem um ótimo material em mãos. E a balada "The Left Behind" fecha o disco.

Manic Street Preachers segue em ótima forma. É incrível como eles conseguem manter o nível entre um disco e outro, e ainda modernizam as abordagens dos assuntos sem perder as principais características de sua sonoridade. Um dos melhores trabalhos deste primeiro semestre.


Tracklist:

1 - "People Give In"
2 - "International Blue"
3 - "Distant Colours"
4 - "Vivian"
5 - "Dylan & Caitlin"
6 - "Liverpool Revisited"
7 - "Sequels of Forgotten Wars"
8 - "Hold Me Like a Heaven"
9 - "In Eternity"
10 - "Broken Algorithms"
11 - "A Song for the Sadness"
12 - "The Left Behind"

Avaliação: ótimo



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