Resenha: Ty Segall - Harmonizer


É muito difícil não se interessar pelo trabalho de Ty Segall. Parece que, quanto mais material ele lança, a vontade de ouvi-lo é mais forte. Além de participar de vários projetos, ele ainda encontra tempo para manter uma carreira solo ativa e bem sucedida. Pouco mais de dois anos após o lançamento de "First Taste" (2019), ele retorna com um novo disco de inéditas, disponibilizado de surpresa.

"Harmonizer" começa daquele jeito: experimental, inventivo e sem perda de tempo. Os elementos eletrônicos fazem de "Learning" uma ótima abertura, boa para abrir caminho para as psicodélicas "Whisper" e "Erased", faixas cheias de eco, reverbs e tudo mais que têm direito.

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Mas é na faixa-título que Segall entrega uma das melhores composições recentes. Dos efeitos para conseguir criar um clima até o refrão grudento típico de canções pop, ele mostra todo potencial de anos de carreira. E outra canção das melhores, mas mais experimental, é "Pictures" -- essa cheia de efeitos e reviravoltas.

Segall avança ainda mais no lado experimental em canções para lá de alternativas, casos da estranha "Ride", a pesada "Waxman" e a animada "Feel Good", outra ótima escolha para fazer parte das dez canções do disco.

O novo álbum mostra um Ty Segall inquieto e pronto para avançar ainda mais na própria música. "Harmonizer" pinta como um dos melhores trabalhos de uma carreira com pouco menos de 15 anos, mas muito frutífera e cheia de boas canções.

Tracklist:

1 - "Learning"
2 - "Whisper"
3 - "Erased"
4 - "Harmonizer"
5 - "Pictures"
6 - "Ride"
7 - "Waxman"
8 - "Play"
9 - "Feel Good"
10 - "Changing Contours"

Avaliação: ótimo

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