Resenha: Jeff Lynne's ELO – Alone in the Universe


Foram 14 anos entre o mediano Zoom e Alone in the Universe, mas a Electric Light Orchestra (ELO) foi reativada por Jeff Lynne, um desses caras que muita gente não tem ideia de quem é – apesar de ele ter tocado com grandes nomes da música, automaticamente virando um grande nome também. Enfim, é desses retornos bem-vindos.

O piano marca o início de "When I Was a Boy". Ao falar de sonhos de criança, Jeff Lynne já mostra uma disposição semelhante a de Ringo Starr em seus discos mais recentes, quando optou por contar sua história de vida em letras sinceras e cheias de reflexão. Aqui, é exatamente isso que acontece em uma canção simples, mas bem tocante. O soul de "Love and Rain" tem uma guitarra chorosa e tem muito dos anos 1970 aqui, suficiente para agradar.

Outra que poderia ter sido lançada em qualquer momento entre 1970 e 1975, "Dirty to the Bone" parece ter sido produzida por Phil Spector em algum momento desse período, porque as semelhanças entre seu estilo e os apresentados aqui podem ser ouvidas, já "When the Night Comes" é outra que entra na lista de simples e competentes, não comprometendo em nada o andamento do disco.

A romântica e bem radiofônica "The Sun Will Shine on You" poderá fazer o ouvinte chorar ao aliar letra e melodia bem tristes, enquanto "Ain't It a Drag" convida essa mesma pessoa a dançar e cantar ain't it a drag no refrão, reforçando uma mensagem positiva, e "All My Life", acústica, entra na categoria de letras reflexivas e um belo resumo da vida de Lynne ao longo dos últimos 40 anos.

"I'm Leaving You" tem um ótimo refrão e é certeira ao colocar o ouvinte na expectativa pelas últimas duas canções do álbum, a bonitinha "One Step at a Time" e a melancólica "Alone in the Universe". Esse disco entra naquela lista de boas músicas, mas nada muito além disso. O importante é ter a chance de ouvir a Electric Light Orchestra mais uma vez e ver como Jeff Lynne é um ótimo compositor e arranjador.

Tracklist:

1 - "When I Was a Boy"
2 - "Love and Rain"
3 - "Dirty to the Bone"
4 - "When the Night Comes"
5 - "The Sun Will Shine on You"
6 - "Ain't It a Drag"
7 - "All My Life"
8 - "I'm Leaving You"
9 - "One Step at a Time"
10 - "Alone in the Universe"

Nota: 3/5



Veja também:
Resenha: Supercordas – Terceira Terra
Resenha: Billy Gibbons – Perfectamundo
Resenha: John Grant – Grey Tickles, Black Pressure
Resenha: Titus Andronicus – The Most Lamentable Tragedy
Resenha: Sara Não Tem Nome – Ômega III
Resenha: EL VY – Return to the Moon
Resenha: Boogarins – Manual

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais! Isso ajuda pra caramba o blog a crescer e ter a chance de produzir mais coisas bacanas.


Meu sonho é que o Music on the Run, que começou como hobby, vire uma coisa mais legal e bacana no futuro, com muito conteúdo em texto, podcast e mais coisas, porque eu acredito que dá para fazer mais e melhor com o apoio de quem lê o blog. Apoie o blog:
Você não quer se comprometer em uma assinatura? Não tem problema, pode doar qualquer valor em reais via PagSeguro: