Resenha: Marina and the Diamonds – Froot


Froot era um dos discos mais aguardados do primeiro semestre deste ano. E chegou a vazar muito antes de seu lançamento, marcado apenas para a terceira semana de abril. Até por enfrentar esse tipo de problema, Marina Diamandis e a gravadora resolveram antecipar o lançamento em mais de 40 dias. Então, para quem vai ao Lollapalooza Brasil deste ano, é provável que o terceiro disco da galesa já esteja na ponta da língua.

Apesar de ter aparecido mais no mercado mundial mainstream neste ano, o grupo Marina and the Diamonds está na estrada há, pelo menos, cinco. E até por isso, para quem acompanha os semanários ingleses, vê-la como atração da edição brasileira de um dos melhores festivais de música do mundo foi motivo para comemoração.

A mistura entre Florence Welch e Lana Del Rey dá o tom de "Happy", primeira canção do disco – e aqui uso a comparação para situar melhor quem nunca ouviu a cantora. A diferença fundamental entre as três é que Marina opta por um trabalho de mais profundidade ao duplicar sua voz, dar efeito e não exagerar no clima épico. É tudo muito sereno e sóbrio. A faixa-título "Froot" traz uma cantora usando e abusando de recursos eletrônicos na construção de uma faixa dançante.

Uma bateria eletrônica mantém o ritmo em "I'm a Ruin", e as comparações com Lana Del Rey ficam ainda mais claras aqui. Uma que fará sucesso nos shows é “Blue”. Dançante e cheia de energia, fisgará qualquer um que goste de algo mais agitado com um refrão grudento, e "Forget" mantém o estilo e é outra com cara de single de trabalho.

Já conhecida, "Gold" tem aquele ritmo lento, enquanto "Can't Pin Me Down" apela bastante em um refrão que não sai da cabeça e outros artifícios para compor a melodia. "Solitaire" é um tanto enfadonha, principalmente pelo ritmo sonolento que pode fazer muita gente cair no sono de verdade. Fechando o segundo terço do álbum, "Better Than That" é outra que aparenta ser forte, mas não tem nada que impressione.

"Weeds" carrega um clima épico de uma história, e a letra e melodia conseguem colocar o ouvinte dentro da proposta. Uma das melhores do disco é "Savages" – a batida chama atenção, assim como refrão com a voz duplicada e aumentada para dar ainda mais força e dimensão ao discurso, e "Immortal" encerra com a melancolia típica dos discos dos anos 2000.

Não é um disco ruim, mas não é um trabalho excelente. Marina Diamandis conseguiu, ao longo de seus anos de carreira, fazer trabalhos regulares recheados com bons singles. E esse aqui é mais um deles.

Tracklist:

1 - "Happy"
2 - "Froot"
3 - "I'm a Ruin"
4 - "Blue"
5 - "Forget"
6 - "Gold"
7 - "Can't Pin Me Down"
8 - "Solitaire"
9 - "Better Than That"
10 - "Weeds"
11 - "Savages"
12 - "Immortal"

Nota: 3/5


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