Max Richter - “In a Landscape” (UME/ Global Clearing House)
Compositor da trilha sonora original da série “My Brilliant Friend”, Max Richter tornou-se mundialmente conhecido pelo trabalho e, pela primeira vez, tem uma turnê mundial marcada. Para celebrar tudo isso, ele lançou “In a Landscape”, uma bonita coleção minimalista dos temas explorados por ele em “The Blue Notebooks”, de 2004. Delicado, honesto, melancólico, bonito, triste, bonito… São palavras que podem ser usadas para definir todas as 19 faixas. Ao misturar o eletrônico com o acústico, a profundidade musical de cada tema é acentuada em um dos grandes álbuns instrumentais do ano.
Avaliação: ótimo
Beabadoobee - “This Is How Tomorrow Moves” (Dirty Hit)
Quando Rick Rubin foi anunciado como coprodutor de “This Is How Tomorrow Moves”, o mundo da música sentiu que Beabadoobee estava pronta para dar o próximo passo na carreira: partir para algo mais amplo. E foi exatamente o que aconteceu. Sem deixar o som característico dos discos anteriores, ele partiu para refrões grudentos ao misturar o hoje aclamado dream pop com músicas certeiras, caso de “Califórnia”. Em plena acensão na carreira, dar um salto desses pode não agradar os velhos fãs, mas acaba sendo importante para o próprio crescimento profissional e pessoal.
Avaliação: muito bom
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Osees - “Sorcs 80” (Castle Face)
Terceira encarnação da banda liderada por John Dwyer, o Osees segue como um dos melhores e mais ousados projetos da música independente dos últimos anos. “Sorcs 80”, novo disco de estúdio, é a grande prova disso. Ousado e empolgante do início ao fim, ele coloca para jogo o experimental misturado com psicodélico, guitarras altas, sintetizadores no talo e uma percussão bem animada para sacramentar a posição de que é possível seguir fazendo a música com muita originalidade e peito aberto, sem medo das críticas.
Avaliação: muito bom
The Decemberists - “As It Ever Was, So It Will Be Again” (YABB)
O Decemberists é uma das melhores e mais viciantes bandas dos últimos anos e me conquistou com “The King Is Dead”, lançado em 2011, no primeiro ano do blog. Quinze anos depois, as harmonias e melodias inspiradas nos Beach Boys seguem firmes em “As It Ever Was, So It Will Be Again”, nono álbum de estúdio. Com ainda mais instrumentos para preencher todos os espaços, eles apostam numa mistura de melancolia e alegria para falar sobre viver o presente. Acaba sendo não impossível destacar “Joan in the Garden”, épico de 19 minutos, quando eles mostram que podem ir além da simplicidade e partir para algo ainda maior e mais elaborado.
Avaliação: muito bom
The Hard Quartet - “The Hard Quartet” (Matador)
Formado por Stephen Malkmus, Matt Sweeney, Jim White e Emmett Kelly, o Hard Quartet já chegou com tudo ao lançar o primeiro disco de inéditas. E, como não pode deixar de ser, é uma imensa brincadeira entre amigos que varia entre canções lentas e melancólicas (“Heel Highway” e “Killed By Death”) e algo mais pesado à Neil Young (“Renegade”). Não tem como reclamar dessa reunião, um presente para todos os fãs desses músicos cheios de talento que podem tirar um tempinho para se divertir com um repertório bem interessante.
Avaliação: muito bom
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