Duas críticas: Justice e MGMT

Justice - “Hyperdrama”

Quarto álbum de estúdio do Justice, primeiro desde “Woman” (2016), “Hyperdrama” é recheado de convidados especiais, como Tame Impala e Thundercat, e tem na força de algumas faixas o principal trunfo (“Neverender”, “Dear Alan”, “The End”). Enquanto outras passam batido por serem genéricas ou faltar alguma coisa que prenda a atenção do ouvinte em algum momento — seja no refrão, seja na batida. A expectativa por um retorno deles era muito alta e justificada, tamanha a demora em lançar um novo álbum de estúdio. Algumas faixas novas funcionam bem e agregam ao repertório, outras nem tanto. Ainda não foi dessa vez que o Justice mostrou a força do início da carreira, mais de duas décadas atrás.

Avaliação: bom

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MGMT - “Loss of Life”

Ouvir MGMT lembra muito início da vida adulta, lá por 2007, 2008, quando o trabalho e faculdade dividam as atenções — em um mundo cheio de descobertas e possibilidades quase infinitas. Corta para 2024, a voz continua a mesma, mas meus cabelos… Em “Little Dark Age”, lançado em 2018, eles soavam prontos para uma tentativa de recuperação após a derrapagem do trabalho anterior. “Loss of Life” até mostra certo nível de maturidade, uma nova chance para tentar fazer alguma coisa. Mas o álbum não engrena nunca. Quando parece pegar fôlego, cai de novo. Essa irregularidade deixa de ser algo do acaso e vira a marca de um grupo que nasceu empolgante, mas luta para retomar a criatividade.

Avaliação: regular

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