Resenha: O Prisioneiro do Rock 'n' Roll, de Richard Thorpe (1957)

Filme visto na programação do In-Edit Brasil, de 14 a 25 de junho, em São Paulo e no site oficial

Elvis Presley gravou o primeiro álbum da carreira em 1956 e mudou para sempre os paradigmas da música ao ajudar a transformar o rock em um fenômeno de massa nos Estados Unidos e, pouco tempo depois, no resto do mundo. Como passo natural desse sucesso e ambicionando uma carreira em Hollywood, o cantor foi para as telas dos cinemas ao estrear como ator coadjuvante em "Ama-me com Ternura".

Ele e o Colonel Tom Parker queriam mais e começaram um ritmo de produção insano, interrompido apenas nos dois anos do serviço militar cumpridos entre 1958 e 1960. Então, em 1957, dois filmes de roteiros muito parecidos foram lançados: "A Mulher que Eu Amo" e "O Prisioneiro do Rock 'n' Roll", esse último está dentro da programação Teen do In-Edit Brasil desse ano.

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Vince Everett, papel de Elvis, se envolve em uma briga de bar e acaba matando uma pessoa por acidente. Na cadeia, ele conhece um ex-músico que, ao descobrir o talento, promete ajudá-lo. A premissa seria ótima se não morresse lá pela metade do filme, quando Everett já é um cantor famoso em sociedade com uma mulher que conheceu em um bar, local onde tentou um emprego e não conseguiu.

Com uma agenda cheia de shows, aparições, viagens e gravando um longa atrás do outro, é claro que Elvis não parece muito motivado na tela ao ponto de sequer mostrar empolgação para dublar as músicas do próprio repertório. E a atuação dele, um homem violento, ególatra e ganancioso, não ajuda muito. Mas claro, como esperado, após uma enorme dificuldade, ele encontra a redenção e o perdão de quem ele magoou e aprender o valor de tudo isso no final.

"O Prisioneiro do Rock 'n' Roll" é uma peça de marketing das melhores ao entregar o prometido: um Elvis Presley cheio de energia juvenil cantando alguns dos grandes sucessos da época. Apesar dos problemas, ainda é um documento histórico importante não só para mostrar como as coisas funcionavam, mas também para registrar esse momento da carreira da pessoa que ajudou a redefinir o que era a juventude.

Avaliação: bom

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