Resenha: Metal Lords, de Peter Sollett

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A Netflix tem apostado cada vez mais em comédias românticas que estavam fora do radar dos outros estúdios. O motivo é simples: não é rentável o suficiente para ficar semanas no cinema, mas o interesse no streaming é quase eterno por esse filme de roteiro previsível com final esperado dos protagonistas.

"Metal Lords", filme escrito por D.B. Weiss, de "Game of Thrones", vai exatamente por essa premissa, no caso dois amigos, Kevin (Jaeden Martell) e Hunter (Adrian Greensmith), desejam participar da batalha das bandas no colégio e, entre percalços e romance, visam fazer sucesso, conseguir fama, fortuna e, se possível, viver disso pelo resto da vida.

Mas, diferentemente de outros filmes, aqui tem heavy metal. Muito, heavy metal. 

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Inspirado parcialmente na infância de Weiss e com consultoria musical de Tom Morello, guitarrista do Rage Against The Machine, a história de "Metal Lords" é simples e bastante reveladora no sentido de mostrar o amor do roteirista pelo metal. Quem ama o gênero tem uma chance bastante razoável de se identificar com os dois personagens, um aprendiz de metaleiro; o outro um verdadeiro fanático que faz de tudo por amor ao metal — mesmo significando ter as piores consequências possíveis.

Os atritos entre os dois amigos pioram com a chegada de Emily (Isis Hainsworth), uma violoncelista habilidosa que enfrenta os próprios demônios diariamente na tentativa de viver um dia de cada vez. E quando Kevin é "tentado" após um show, surge um dos grandes momentos do filme quando recebe conselhos de, digamos, os deuses do metal — Morello, Scott Ian, do Anthrax, Rob Halford, do Judas Priest, e Kirk Hammett, do Metallica.

O longa anda pelos pequenos conflitos que, na adolescência, são verdadeiras sentenças de vida ou morte. No fim, o trio principal percebe que a união deles não é mero fruto do acaso. É fruto do metal. E quem se apaixona pelo metal adolescente, tem um amor pela vida inteira.

Avaliação: bom

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