Resenha: No Ritmo do Coração, de Sian Heder


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A música muitas vezes funciona apenas como um pano de fundo para alguma atividade cotidiana para algumas pessoas. Para outras, a música é algo transformador em que ouvir um disco ou uma canção é algo determinante para o dia de várias pessoas. E tem que não fique um dia sem ouvir um disco ou entrar na rádio online de preferência — oi.

Em "No Ritmo do Coração", a música tem um papel importantíssimo na vida de Ruby (Emilia Jones), a única pessoa que escuta em uma família de surdos formada pelo pai (Troy Kotsur), a mãe (Marlee Matlin) e o irmão (Daniel Durant). Como eles não escutam, não têm ideia de como é ouvir uma música e o sentimento que isso traz muitas vezes.

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À medida que a protagonista se envolve no mundo a música ao conhecer o professor do coral da escola Bernardo Villalobos (Eugenio Derbez), Ruby vai aflorando o próprio talento e mostra-se uma cantora muito boa para alguém tão jovem. Mas a vida é dura e, como já era esperado, precisa decidir se fica e ajuda os pais e o irmão, pescadores de uma longa geração, ou corre atrás do próprio sonho.

O filme entra na categoria de um ótimo "Sessão da Tarde" pelo enredo simples e história da protagonista, que tem nos pais os momentos mais engraçados e dramáticos. É possível rir e chorar com os dois — aliás, Troy Kotsur está bem cotado para levar o Oscar em Ator Coadjuvante e será muito merecido se levar*.

Dirigido por Sian Heder, o longa é simples e mostra como a relação com a música pode transformar a vida de uma pessoa. Sem spoilers, claro, mas tem um momento perto do final que se você não chorar vendo essa cena, você está completamente morto por dentro. "No Ritmo do Coração" consegue colocar em tela algo muito importante: quem nunca ouviu uma música pode ser tocado por essa que é uma das melhores coisas já inventadas pelo ser humano.

Avaliação: ótimo

*e, na cerimônia de ontem (27), ele ganhou e o filme levou os prêmios de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme.

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