Resenha: Weyes Blood - And in the Darkness, Hearts Aglow

Projeto musical de Natalie Mering, a Weyes Blood vive grande fase e, em uma jogada ousada, anunciou uma trilogia. Iniciada em "Titanic Rising", álbum lançado em 2019, ganhou o segundo captítulo em "And in the Darkness, Hearts Aglow" - quinto disco de estúdio da cantora com esse nome.

Ao começar com "It's Not Just Me, It's Everybody", Mering mostra a influência de Joni Mitchell na letra e no arranjo. Leve, simples e melancólica, a canção começa muito bem. E melhora ainda mais com "Children of the Empire" que encanta pelos detalhes e construção da faixa - recomendo ouvir com o melhor fone que você tiver.

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A beleza de "Grapevine" está na mistura do gospel com folk em uma letra que o ouvinte vai sendo preparado para o refrão ao poucos e, ao chegar lá, percebe como esse início de álbum é realmente acima da média. E se "God Turn Me Into a Flower" aposta em uma sonoridade mais melancólica e bem (bem) lenta, "Hearts Aglow" traz o sofrimento em um formato mais pop para todo mundo cantar e sofrer junto.

"And in the Darkness", "Twin Flame" e "In Holy Flux" abrem a segunda metade do trabalho, com a segunda partindo para uma linha mais eletrônica e experimental em todos os aspectos, mas é em "The Worst Is Done" que todo talento de Mering é mostrado em uma das melhores músicas do ano. O disco encerra com a balada melancólica "A Given Thing", essa toda no piano e voz.

O novo álbum da Weyes Blood eleva o patamar dela como cantora e compositora. Com tudo no lugar em canções ótimas, o disco é um dos melhores do ano em uma dessas boas surpresas.

Tracklist:

1 - "It's Not Just Me, It's Everybody"
2 - "Children of the Empire"
3 - "Grapevine"
4 - "God Turn Me Into a Flower"
5 - "Hearts Aglow"
6 - "And in the Darkness"
7 - "Twin Flame"
8 - "In Holy Flux"
9 - "The Worst Is Done"
10 - "A Given Thing"

Avaliação: ótimo