Resenha: Phoenix - Alpha Zulu

O Phoenix foi uma das bandas queridinhas do público e da crítica no começo dos anos 2000. Quase um milagre, se pararmos para pensar que é um grupo francês e, pela época, era muito difícil de eles conseguirem ultrapassar a barreira sem ajuda. Mas, com bastante talento e músicas espertas, eles conseguiram.

Se "Bankrupt!", lançado em 2013, foi bastante elogiado pela crítica, o sucessor, "Ti Amo", dividiu opiniões e logo veio a pergunta: o fôlego do grupo finalmente acabou? Cinco anos após o lançamento do trabalho, a própria banda responde com um sonoro "não!". A potente faixa-título "Alpha Zulu", novo disco, já mostra como eles são bons em lançarem canções grudentas, um ótimo começo para fisgar o ouvinte.f

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A seguinte, a dançante "Tonight" também é uma das boas. De andamento simples e letra fácil, a faixa não terá problemas em fazer parte da trilha sonora da limpeza de casa aos sábados, mas cuidado para não chorar na melancólica balada "The Only One".

O álbum recupera o ritmo nas ótimas baladas dançantes "After Midnight" e "Season 2", também de refrão fácil e grudento, diferentemente da melancólica "Winter Solstice". A agitada e de ar mais eletrônico "Artefact" chega para encaminhar o ouvinte para a parte final do álbum.

"All Eyes on Me" tem inspiração no eletrônico do final dos anos 1990, com muitos elementos, e é mais agitada do que "My Elixir". O disco termina com uma das melhores canções pop do ano. Chamada "Identical", a faixa tem tudo que um sucesso pode ter e ajuda fechar com chave de ouro o retorno da banda.

O Phoenix prova em "Alpha Zulu" que não esqueceu de como fazer boas canções. Mantendo um bom ritmo ao longo de pouco menos de 40 minutos, é um dos melhores trabalhos da discografia do grupo francês.

Tracklist:

1 - "Alpha Zulu"
2 - "Tonight" (featuring Ezra Koenig)
3 - "The Only One"
4 - "After Midnight"
5 - "Winter Solstice"
6 - "Season 2"
7 - "Artefact"
8 - "All Eyes on Me"
9 - "My Elixir"
10 - "Identical"

Avaliação: ótimo