Resenha: The Other One - The Long Strange Trip of Bob Weir, de Mike Fleiss


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Existiram poucas bandas no mundo em que os fãs foram tão devotos até o último momento. Uma dessas foi o Grateful Dead, formado por Jerry Garcia, Bob Weir, Ron "Pigpen" McKernan, Phil Lesh e Bill Kreutzmann, que durou até a morte da Garcia, em 1995, aos 53 anos.

Uma maneira de celebrar a banda é contar a história de um dos integrantes. E ninguém melhor do que o vocalista e guitarrista Bob Weir para ser esse personagem. Em "The Other One - The Long Strange Trip of Bob Weir", ele conta a própria história e mostra como ser um integrante da banda era, como na maioria dos trabalhos, um equilíbrio entre satisfação e frustração.

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Dirigido por Mike Fleiss, o longa tem uma estrutura bem simples e conta a história de Weir em ordem cronológica. Sabemos que ele é adotado por uma família com poucos dias de vida, sabemos ainda nos primeiros minutos que abandonou a escola e expulso de casa por querer viver de música. Claro que o grande momento, aquele divisor de águas, é quando ele conhece Jerry Garcia e tudo muda.

Garcia vira um irmão mais velho e o Grateful Dead a família que ele nunca teve. O apoio, o uso de drogas, as mulheres, os shows, o desenvolvimento como músico e pessoa, tudo isso acontece quando Weir encontra Garcia. Misturando os momentos engraçados e curiosos com o drama do uso de drogas por Garcia à medida que o sucesso aumenta, o músico conta com apoio de companheiros, parentes e pessoas do convívio para contar a própria vida, entrelaçada com a banda, é claro. Afinal, ele é parte fundamental da longa história Grateful Dead.

A morte de Garcia chocou e, até hoje, é motivo de lágrimas e emoção por parte de Weir. A perda é dramática, mas ele escolheu seguir. E fez muito bem, porque o destino reservou coisas maravilhosas, pessoal e musicalmente falando. Coisas que muita gente busca e não tem ao longo da vida.

"The Other One - The Long Strange Trip of Bob Weir" faz do músico um personagem fundamental da música dos Estados Unidos em uma extensa carreira. No final, Weir viveu intensamente e colheu os frutos de tudo isso ao ser celebrado como um dos mais talentosos daquela geração surgida no final dos anos 1960.

Avaliação: muito bom

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