Resenha: McCartney 3, 2, 1


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Muitos autores, pesquisadores e jornalistas já escreveram sobre os Beatles, os respectivos integrantes, quem orbitava em torno dos quatro e mais. Parece um assunto esgotado, certo? Bem, ao que parece, a resposta é não. "McCartney 3, 2, 1" chega para provar que qualquer um que goste de música quer ouvir Paul McCartney falando — por horas, se possível.

Produção do Hulu e disponível no Brasil pelo Star+, o outro serviço de streaming da Disney, a série de seis episódios com meia hora cada um traz McCartney em uma conversa com o produtor Rick Rubin sobre a obra, a vida e tudo que rodeia a carreira dele como músico há mais de 50 anos.

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Muitos dos momentos são puramente técnicos, como Rubin ouvir o instrumento tocado e tecer comentários elogiosos sobre o uso ou perguntar da gravação, do clima nos Beatles, nas gravações solo e tudo mais. Outros momentos são de pura paixão de McCartney pela música em uma empolgação quase juvenil. Mesmo já experiente, feito tanta coisa e ainda ser relevante no cenário musical, McCartney tem um amor profundo pela música. E é por isso que vale a pena assistir aos seis episódios.

Saber que ele conhece poucos acordes musicais e não sabe ler música, para mim, foi um choque. Assim como ouvir os instrumentos separados das canções dos Beatles e descobrir várias coisas com Rubin em um misto de espanto e incredulidade. É sempre bom lembrar que os Beatles acabaram antes mesmo de John, Paul, George e Ringo completaram 30 anos. Eles eram especiais, algo impossível de negar.

E ainda existem as histórias. McCartney é um bom contador de histórias e isso, ao lado dessa minuciosa busca para entender um pouco mais sobre a música feita por ele, faz de "McCartney 3, 2, 1" um documento dos mais interessantes sobre uma pessoa que fez parte da maior e melhor banda do mundo. É para ver e rever. E se emocionar.

Avaliação: muito bom

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