Resenha: The Killers - Pressure Machine


O Killers passou por momentos estranhos desde a estreia em estúdio. Do animado primeiro álbum, eles partiram para outras abordagens em outro tipo de música. O resultado acabou sendo alguns discos bons, outros nem tanto. Algumas canções realmente boas, outras esquecíveis. E ainda pudemos ver e ouvir a tentativa frustrada de imitar o Queen.

Mas eles parecem ter encontrado um caminho melhor desde "Imploding The Mirage", lançado ano passado. E se os fãs queriam saber o que viria pela frente, não demorou muito a acontecer. "Pressure Machine" chega para mostrar que a virada de chave aconteceu em um trabalho conceitual iniciado com "West Hills", inspirada em uma história real conhecida do vocalista Brandon Flowers.

Veja também:
Resenha: LUMP - Animal
Resenha: Laura Stevenson - Laura Stevenson
Resenha: Ty Segall - Harmonizer
Resenha: Leon Bridges - Gold-Diggers Sound
Resenha: Billie Eilish - Happier Than Ever
Resenha: Prince - Welcome 2 America

Estou no Twitter e no Instagram. Ouça o podcast, compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

A banda já não tinha as guitarras como elemento básico das canções há muito tempo, mas é surpreendente o arranjo de cordas na primeira faixa e como a canção é desenvolvida a partir da harmonia. É, no mínimo, um começo instigante o suficiente para saber o que vem por aí.

Flowers fala das próprias experiências de vida ao longo de pouco mais de 50 minutos. De como perdeu a inocência ao saber de um acidente de trem ("Quiet Town") até a mistura de alegria e melancolia de ver que os filhos crescem e não precisam mais de você ("Pressure Machine"). São canções bonitas sobre a experiência humana e como viver ter suas dores e belezas.

Entre novos instrumentos, o Killers também usa fórmulas de outros álbuns: as baladas "Cody" e "Runaway Horses", com participação de Phoebe Bridgers, são alguns dos exemplos de como eles não mudaram tanto assim, apenas avançaram um pouco.

Um disco conceitual precisa ser muito bem feito e bem amarrado para não deixar nenhuma brecha. E é isso que o Killers faz no trabalho em que confirma a bem-sucedida mudança de caminho ao buscar uma identidade mais próxima do que eles são, não do que desejavam ser.

Tracklist:

1 - "West Hills"
2 - "Quiet Town"
3 - "Terrible Thing"
4 - "Cody"
5 - "Sleepwalker"
6 - "Runaway Horses" (feat. Phoebe Bridgers)
7 - "In the Car Outside"
8 - "In Another Life"
9 - "Desperate Things"
10 - "Pressure Machine"
11 - "The Getting"

Avaliação: muito bom

Continue no blog:

Comentários