Resenha: Miley Cyrus - Plastic Hearts


Não é incomum ver astros e estrelas infantis se perdendo completamente da vida e da carreira quando viram adultos. De atores e atrizes a cantores e cantoras, poucos conseguem se reinventar ou seguir no mesmo patamar de relevância. O caso da cantora Miley Cyrus cabe na primeira opção ao sair da série "Hannah Montana" para, em 2020, lançar "Plastic Hearts" e homenagear o rock dos anos 1980 com bastante competência.

Mas Cyrus não conseguiu se reencontrar de primeira. Quando cresceu, ao assinar com a gravadora RCA, optou pelo que estava fazendo mais sucesso à época: o hip-hop. Não deu muito certo, pelo menos no fato de fazer a mesma coisa do que todo mundo. O ponto de virada foi quando acabou, por conexões em comum, sendo apresentada a Wayne Coyne, vocalista do Flaming Lips. Desde a colaboração em "With a Little Help from My Fwends" (2014) que ela virou a chave completamente em relação ao repertório.

Veja também:
Resenha: trilha sonora da quarta temporada de The Crown
Resenha Smashing Pumpkins - Cyr
Duas resenhas: The Cribs e Dirty Projectors
Duas resenhas: Babeheaven e Cabaret Voltaire
Resenha: trilha sonora de O Gambito da Rainha
Resenha: King Gizzard and the Lizard Wizard - K.G.

Primeiro veio "Miley Cyrus & Her Dead Petz" (2015), um álbum pop psicodélico de bom nível, depois o álbum country "Younger Now" (2017) e, agora, um trabalho inspirado nos anos 1980. Mesmo pulando de galho em galho, a cantora vem construindo um repertório muito diverso e muito bom para apresentações ao vivo. Miley Cyrus mudou da água para o vinho, como que um milagre (por vontade dela, muita publicidade, dezenas de produtores e muito dinheiro).

"Plastic Hearts" tem as mãos de seis produtores, cada um especializado em algo e com um truque na manga para arrumar soluções ideais para cada canção. Tem guitarras altas ("WTF Do I Know"), tem refrão grudento ("Plastic Hearts"), tem balada ("Angels like You"), cultura jovem ("Prisoner") e colaborações com dois nomes famosos dos anos 1980 na música ("Night Crawling" e "Bad Karma").

Não é um disco brilhante, mas mostra como Miley Cyrus está cada vez mais dona das escolhas da própria carreira. Se quer lançar um disco de rock? Vai fundo. Quer trabalhar em um álbum de covers do Metallica? Cai dentro. Cyrus mostra que fazer o que der na telha é fundamental para sobrevivência de qualquer artista.

Estou no Twitter e assine o canal no YouTube. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

Tracklist:

1 - "WTF Do I Know"
2 - "Plastic Hearts"
3 - "Angels like You"
4 - "Prisoner" (featuring Dua Lipa)
5 - "Gimme What I Want"
6 - "Night Crawling" (featuring Billy Idol)
7 - "Midnight Sky"
8 - "High"
9 - "Hate Me"
10 - "Bad Karma" (featuring Joan Jett)
11 - "Never Be Me"
12 - "Golden G String"

Avaliação: bom

Continue no blog:

Gostou do post? Compartilhe nas redes sociais e indique o blog aos amigos!

Comentários