Dois discos: Thiago Pethit e Jair Naves (2019)


Thiago Pethit - "Mal dos Trópicos (Queda e Ascensão de Orfeu da Consolação)"

Thiago Petit tem explorado cada vez mais sonoridades diferentes ao longo da carreira. Em "Rock'n'Roll Sugar Darling" (2014), ele partiu para uma mudança que pecou pelos excessos e acabou não funcionando muito bem. Mas a coisa mudou em "Mal dos Trópicos (Queda e Ascensão de Orfeu da Consolação)", quarto trabalho da carreira, em que ele usa aspectos mais reais e melodias mais complexas para falar sobre os atuais tempos no mundo. Um mérito do disco é a duração. Com menos de 30 minutos, o discurso é bem direto com histórias sem muito espaço para delírios ou sonhos. Mais maduro, ele mostra que ainda tem espaço para crescer dentro de uma proposta de trabalho um tanto incomum nos dias atuais.

Avaliação: bom

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Jair Naves - "Rente"

Um dos compositores mais instigantes de sua geração, Jair Naves segue fazendo discos acima da média. O último é "Rente", uma paulada musical que mistura vários gêneros (do pop rock mais simples até o lo-fi). O jeito como ele apresenta os temas nas canções funciona muito bem e os arranjos são bem elaborados ao ponto de entrar na cabeça com bastante facilidade. Eram quatro anos sem um disco novo. Antes, ele havia lançado o ótimo "Trovões A Me Atingir" (2015), um dos melhores álbuns brasileiros da década. O novo apenas comprova uma coisa: Jair Naves é um talento que encontrou seu tom para fazer exatamente o que bem entender com seu repertório. O que é um ótima notícia.

Avaliação: ótimo

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