Foto: Rylan Perry/Facebook/AC/DC |
Guitarrista do AC/DC viu George e Malcolm morrerem em menos de um mês
A morte de Malcolm Young neste sábado (18) coloca, definitivamente, ponto final na vida de quem colocou o AC/DC no topo do mundo. Rígido, irritado e cheio de si, o guitarrista era tudo isso para deixar o irmão mais novo, Angus, apenas vestir seu uniforme, botar para quebrar e ser o centro das atenções no palco. Malcolm só queria – às vezes, de forma exagerada – que tudo corresse bem.
Falando em Angus, aos 62 anos, será o único Young que começou no AC/DC a continuar na banda. Pouco menos de um mês atrás, George, irmão mais velho, também músico e produtor dos primeiros discos da banda, também morreu. Em menos de 30 dias, dois irmãos fundamentais em sua carreira musical morreram.
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Mesmo sabendo que a idade e as condições de saúde não eram das melhores em ambos os casos, mas, ainda assim, eram seus irmãos. O que colocou você na linha, o que abriu caminho para você brilhar. O outro, já um músico experiente, ensinou tudo que sabia sobre a indústria musical e construiu um atalho para uma sonoridade única. Os pilares do AC/DC estão na história.
Imagino um Angus cansado de lidar com coisas que ele nunca precisou fazer. Era só subir no palco e pronto. Agora tem ensaios, entrevistas, turnês e tudo mais. Como Malcolm deve ter feito falta nesses mais de três anos ausente – a demência fez o guitarrista precisar reaprender os sucessos do AC/DC para finalizar a última turnê na qual fez parte, aquela que passou pelo Brasil.
Mais do que o negócio AC/DC – a banda movimenta centenas de milhões de dólares, não podemos esquecer disso –, é hora de pensar no homem Angus. O que perdeu dois irmãos e, agora, precisa comandar um império construído com suor e sangue dos Young. É hora de apoiá-lo, seja qual for a decisão para o futuro. Só quem já perdeu gente querida sabe que o dia da morte não é o pior, mas o futuro é.
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