Resenha: Jake Bugg – On My One


É o segundo álbum do jovem cantor

Jake Bugg apareceu muito bem em seu primeiro disco, Shangri-La (2013), e conseguiu virar atração em alguns dos principais festivais no início do ano seguinte. E ele ficou bastante famoso, talvez até do mesmo nível de Ed Sheeran. Três anos depois de sua estreia, o cantor soltou na última semana On My One.

O disco começa da maneira mais simples possível com a acústica "On My One", exatamente o estilo que o consagrou na estreia. Mas a coisa se perde na seguinte, "Gimme the Love", quando ele quer fazer algo na linha eletrônica - semelhante ao disco ruim de Sheeran – e apenas consegue ser péssimo em pouco mais de três minutos.

A chorosa "Love, Hope and Misery" tem um ar pop radiofônico adolescente que fará sucesso nas rádios sem o menos esforço, enquanto "The Love We're Hoping For" pode até passar batida se não prestar atenção. Demora, mas vem uma canção boa: "Put Out the Fire". Ela tem um ar country muito bom e difere muito das outras, o que é ótimo.

"Never Wanna Dance" não convence por ser aquele tipo de música feita para dançar em baile. Aliás, sair do modo acústico para entrar nisso é bem triste, para não falar deprimente. Outras péssimas são "Bitter Salt" e "Ain't No Rhyme", uma mudança tão brusca e sem sentido no que ele vem fazendo que, sinceramente, é difícil entender.

Quando Bugg retorna ao que saber fazer, até que faz direito. É o caso de "Livin' Up Country", mais uma com enorme influência da música americana de raiz. Aqui, até a letra consegue ser interessante. Indo na contramão do álbum, "All That" soa uma demo inserida no disco, sendo outra boa no trabalho. O encerramento acontece com "Hold on You" e o aparecimento da guitarra como elemento principal, algo novo e um movimento interessante para ser acompanhado.

Com algumas boas canções, o novo disco de Jake Bugg é decepcionante por apresentar algo que a nova geração gosta: música eletrônica exagerada e letras ruins. Quando ele simplifica, se dá bem. Quando não, se perde e não apresenta coisas boas. Um dos 'flops' do ano.

Tracklist:

1 - "On My One"
2 - "Gimme the Love"
3 - "Love, Hope and Misery"
4 - "The Love We're Hoping For"
5 - "Put Out the Fire"
6 - "Never Wanna Dance"
7 - "Bitter Salt"
8 - "Ain't No Rhyme"
9 - "Livin' Up Country"
10 - "All That"
11 - "Hold on You"

Nota: 2/5



Veja também:
Resenha: Band of Horses – Why Are You OK
Resenha: Laura Mvula – The Dreaming Room
Resenha: Red Hot Chili Peppers – The Getaway
Resenha: Metá Metá - MM3
Resenha: Catfish and the Bottlemen – The Ride
Resenha: Fitz and the Tantrums – Fitz and the Tantrums
Resenha: Peter Bjorn and John – Breakin' Point

Esse post foi um oferecimento de Felipe Portes e Rafael Monteiro, os primeiros patrões do blog. Contribua, participe do nosso Patreon.

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais! Isso ajuda pra caramba o blog a crescer e ter a chance de produzir mais coisas bacanas.

Siga o autor no Twitter