Resenha: Thee Oh Sees – Mutilator Defeated At Last


O Thee Oh Sees é dessas bandas psicodélicas de ar alternativo que apareceram no final dos anos 1990 e, no caso em específico do grupo formado por John Dwyer, Tim Hellman, Nick Murray, Chris Woodhouse e Brigid Dawson, conseguiu manter um séquito de fãs ao longo dos anos seguintes. De 2008 para cá, foram nove discos lançados, já incluindo Mutilator Defeated At Last, do primeiro semestre deste ano.

A estranha "Web" abre os trabalhos de forma que alguém de ouvido mais sensível a barulhos e coisas estranhas pode descartá-la logo de cara, mas não cometa esse erro. Apesar de não ser alguma coisa para tocar na rádio, compensa muito deixá-la rolar e entrar no clima. O início etéreo de "Withered Hand" dá a impressão de ela ser calma e tranquila. Mas é só impressão. Depois, ela aumenta e ganha ares punk de tão agitada que fica.

No que o Thee Oh Sees já mostrou que entende de música, é possível considerar "Poor Queen" e "Turned Out Light" faixas pop e de imensas possibilidades de sucesso, certo – porém sabemos como as coisas funcionam. A esquisitice e experimentalismo retornam em "Lupine Ossuary", canção cheia de barulhos e outras coisas que deixam as pessoas surdas por ouvir em volume máximo.

"Sticky Hulks" tem uma suíte instrumental muito bonita e leve, beirando uma viagem sem remédios tarja preta (o riff de guitarra que sai logo após os versos é apaixonante). A acústica, instrumental e curta "Holy Smoke" traz um ar de campo e de café da tarde com avó na hora da novela muito bonito e inspirador para todos nós.

A punk "Rogue Planet" e a psicodélica "Palace Doctor" encerram o disco, que coloca o Thee Oh Sees definitivamente como uma das influências quando o assunto é música psicodélica e alternativa. Não é fácil pegar de tudo um pouco e fazer algo assim. Mas eles fizeram. De novo.

Tracklist:

1 - "Web"
2 - "Withered Hand"
3 - "Poor Queen"
4 - "Turned Out Light"
5 - "Lupine Ossuary"
6 - "Sticky Hulks"
7 - "Holy Smoke"
8 - "Rogue Planet"
9 - "Palace Doctor"

Nota: 4/5



Veja também:
Resenha: Beirut – No No No
Resenha: The Libertines – Anthems for Doomed Youth
Resenha: BNegão e Seletores de Frequência – Transmutação
Resenha: Langhorne Slim and The Law – The Spirit Moves
Resenha: Michael McNeill Trio - Flight
Resenha: James Taylor – Before This World
Resenha: BIKE – 1943

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais! Isso ajuda pra caramba o blog a crescer e ter a chance de produzir mais coisas bacanas.