Resenha: Johnny Marr – Playland


No ultimo ano, Johnny Marr lançou seu primeiro disco solo, o ótimo The Messenger. Um ano e meio depois, ele, que tocou na edição brasileira do Lollapalooza, já lança seu segundo trabalho de estúdio. Playland tem como missão afirmar o guitarrista e ex-membro dos Smiths em sua carreira solo.

Em "Back In the Box", o álbum começa exatamente como Marr gosta de suas músicas: dançantes e animadas. E é exatamente o que espero dele, além dos ótimos riffs. Primeiro single e ótima faixa, "Easy Money" tem tudo que um sucesso precisa. Refrão fácil e boa melodia fazem dela uma das boas lançadas neste ano. O início do disco é muito promissor.

A melodia de "Dynamo" é muito boa, mas a letra usa muito o refrão como muleta e acaba dando voltas e voltas. Não é ruim, apenas está aquém do trabalho de Marr como um todo. Na balada "Candidate" acontece o inesperado... É uma faixa bem fraca. Ao usar um momento solo na guitarra como refrão, de novo, o cantor usa de uma muleta para tentar segurar uma canção apenas razoável e muito longa.

"25 Hours" também parece mais do mesmo. Aliás, parece muito com “ah, tá faltando alguma coisa? Vamos colocar um solo e um riff e fica tudo certo”. Depois de três canções abaixo da média, "The Trap" aparece para continuar o bom trabalho do início. É isso que queremos de você, Johnny. Baladas suaves, guitarra não exagerada e melodia leve e fácil de acompanhar. A animada "Playland”, faixa-título, serve para mostrar que nem sempre Marr perde a mão.

Mas o argumento do parágrafo anterior cai por terra em "Speak Out Reach Out" em que, mais uma vez, ele foi enfiando coisas, efeitos, riffs e guitarra para completar alguma coisa. Não há nada novo, nenhuma novidade ou expertise, é apenas a tentativa de estragar uma boa letra. "Boys Get Straight" tem um refrão muito bom e, nesse caso, a guitarra serve como bom complement da canção, deixando tudo melhor. A mediana "This Tension" parece um cover de si mesma, enquanto a última, "Little King", traz o guitarrista de volta ao seu campo preferido – não inventar e não acrescentar coisas desnecessárias às canções.

No geral, Playland é um trabalho bom, mas inferior ao lançado ano passado. Marr tentou coisas novas, como acrescentar mais guitarras nas canções, mas falhou em algumas delas. Mas ele compensa esses erros com ótimos acertos. E como há mais acertos dos que problemas, o disco acaba se saindo bem ao final da audição. Se vale a pena? Vale, mas sem tanta empolgação.

Tracklist:

1 - "Back In the Box"
2 - "Easy Money"
3 - "Dynamo"
4 - "Candidate"
5 - "25 Hours"
6 - "The Trap"
7 - "Playland"
8 - "Speak Out Reach Out"
9 - "Boys Get Straight"
10 - "This Tension"
11 - "Little King"

Nota: 3/5



Veja também:
Resenha: Tweedy – Sukirae
Resenha: Slash feat. Myles Kennedy and The Conspirators - World on Fire
4 em 1: Gerard Way, Lenny Kravitz, Ace Frehley e Fu Manchu
Resenha: Prince - Art Official Age
Resenha: Prince e 3RDEYEGIRL – PLECTRUMELECTRUM
Resenha: Joe Bonamassa - Different Shades of Blue




Siga o blog no Twitter, Facebook, Instagram, no G+ e no YouTube

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!

Comentários