Dois discos: Rincon Sapiência e Criolo

Primeiro transformou boas letras em um ótimo disco; segundo é um Adoniran Barbosa de araque


Rincon Sapiência - Galanga Livre

De uma nova geração de rappers brasileiros, Rincon Sapiência é dos melhores para acompanhar. Sem alguns dos maneirismos que acompanham alguns de seus colegas, ele conseguiu fazer de Galanga Livre um manifesto sem a cara de um. Sapiência não utiliza de rimas ou batidas pesadas o tempo inteiro e consegue passar bem sua mensagem sobre preconceito, política e tudo mais que ronda o espectro da sua vivência – e, por consequência, de algumas centenas de milhares de pessoas todos os dias. "Crime Bárbaro", "A Volta pra Casa", "A Coisa Tá Preta" e "Ponta de Lança (Verso Livre)" são os destaques de um disco marcado pelas boas letras.

Nota: 4/5

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Criolo – Espiral de Ilusão

Criolo é um rapper apenas mediano, com muito boa vontade. Mas, neste 2017, ele se superou ao lançar um disco com dez sambas. Criolo conseguiu soar tão tedioso do que em qualquer outro trabalho que fez nos últimos anos – ou seja, segue sendo ele mesmo. A coisa piora ainda mais quando ele tenta imitar o saudoso Adoniran Barbosa (1910-1982). Não sei se foi homenagem, mas o grande representante do samba de São Paulo deve ter ficado muito ofendido com essa tentativa para lá de ridícula. Por que Criolo lançou esse disco? Talvez Lázaro me ajude a entender.

Nota: 1/5

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