Resenha: Sepultura – Machine Messiah


Veterana banda não para de lançar novos discos

Entre esse papo chato do retorno da formação original, que já está há mais de 20 anos sem existir de fato, o Sepultura mantém a agenda de shows cheia no Brasil e no mercado externo. A banda segue forte e bem. Quatro anos depois do último lançamento, o bom The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2013), eles colocam no mercado Machine Messiah – 14º trabalho de estúdio, o segundo da atual formação do grupo, produzido pelo sueco Jens Bogren.

A faixa título abre com um riff e um andamento bem pesados, algo na linha dos últimos discos do Ghost. A segunda parte mantém a mesma pegada, mas a terceira parte vem com um peso ainda maior – incluindo um vocal gutural e cheio de energia. Essa introdução ao novo álbum saiu melhor que o esperado e, tomara, seja o novo início das apresentações. Veloz e gritada, "I Am the Enemy" tem muito de thrash metal aqui – muito mesmo.

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No início dos anos 1990, o Sepultura pegou muita coisa da música regional nordestina e colocou no repertório. Isso retorna na introdução de "Phantom Self", que depois vira um thrash de bom nível. Se "Alethea" é o Sepultura puro – sem tirar, nem pôr –, a instrumental "Iceberg Dances" tem enorme potencial para fazer os fãs irem à loucura nas apresentações, principalmente pelo acréscimo de ritmos latinos.

Maior em duração, "Sworn Oath" traz uma parte instrumental bem afiada, enquanto "Resistant Parasites" usa muito a percussão e o baixo para dar o tom e apela para um riff matador na segunda metade. "Silent Violence", "Vandals Nest" e "Cyber God" são outras que usam e abusam da velocidade e encerram o álbum.

O Sepultura ainda consegue se manter relevante na cena do metal, e o novo álbum comprova isso muito bem. Empenhados em entregar um bom álbum, eles fazem isso muito bem ao longo de toda audição. Banda segue mais firme do que nunca em seguir – e bem – na ativa.

Tracklist:

1 - "Machine Messiah"
2 - "I Am the Enemy"
3 - "Phantom Self"
4 - "Alethea"
5 - "Iceberg Dances"
6 - "Sworn Oath"
7 - "Resistant Parasites"
8 - "Silent Violence"
9 - "Vandals Nest"
10 - "Cyber God"

Nota: 3,5/5



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