Crítica: Explosions in the Sky - End

Quase sempre, o fim de uma coisa é o começo de outra. O vislumbre de algo fantástico, a esperança de um novo dia, o momento do renascimento, o pensamento em celebrar algo que ainda nem aconteceu. O fim realmente pode ser início de algo, justamente a proposta do novo álbum do Explosions in the Sky, simplesmente chamado "End", disponibilizado recentemente em todas as plataformas digitais.

Instrumental do início ao fim, "End" traz o que o Explosions in the Sky sabe fazer de melhor: melodias bem trabalhadas e exploração de elementos musicais que preenchem o espaço. A futurista "Ten Billion People" usa tudo para colocar o ouvinte em algo que começa calmo, mas fica agitado com o passar do tempo e ganha beleza ao longo dos minutos.

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Depois, o peso de "Moving On" se equilibra com a melancolia de "Loved Ones", que lembra os melhores momentos da discografia de Ryuichi Sakamoto. E "Peace or Quiet" traz exatamente o dito pelo título em uma delicadeza sonora que o recomendável é usar fones de ouvido de boa qualidade para não perder nenhum detalhe da música. É quase certo dizer que os músicos mal tocaram nos instrumentos ao longo de quase quatro minutos e meio até a explosão sonora nos dois minutos finais.

O tom delicado do álbum continua na bonita e reflexiva "All Mountains", enquanto a experimental "The Fight" traz a banda em um momento único e dos mais bonitos do trabalho. Para finalizar, a etérea "It's Never Going to Stop" mostra toda qualidade e capacidade em escolher bons arranjos.

"End" coloca o Explosions in the Sky como uma das grandes bandas instrumentais dos últimos anos. Sem medo de arriscar, eles provam que não precisam dizer nada para mostrar uma gama incrível de sentimentos.

Tracklist:  

1 - "Ten Billion People"
2 - "Moving On"
3 - "Loved Ones"
4 - "Peace or Quiet"
5 - "All Mountains"
6 - "The Fight"
7 - "It's Never Going to Stop"

Avaliação: ótimo