Resenha: Regina Spektor - Home, Before and After

Regina Spektor estava há seis anos sem lançar um disco de inéditas. Em tempo de presença maciça em redes sociais com conteúdos diários e lançamentos mensais para não deixar o público te esquecer, o que ela fez é praticamente desaparecer. Mas ela voltou "Home, Before and After", oitavo álbum de estúdio da carreira, inspirado na vida em Nova York.

E não espere um disco fofinho e bonitinho da cantora. No novo trabalho, ela traz uma abordagem um tanto mais experimental, se comparado com os anteriores. "Becoming All Alone" abre de maneira melancólica e logo parte para uma batida eletrônica que abraça o feito no início, mas ganha vida própria.

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Spektor abraça o eletrônico ao misturar com diversos instrumentos, como violino, na dançante "Up the Mountain". Quem busca calmaria, vai encontrar em "Raindrops", quando a cantora usa apenas o piano para contar uma bonita história — é a canção com bastante potencial para fazer sucesso nos shows. E a melancolia retorna em "SugarMan", de arranjo diferente para também usar a música para enriquecer quase um conto.

Em "What Might've Been", ouvimos uma compositora disposta a experimentar ainda mais ao usar uma orquestra para criar o clima de uma canção que parece ser feita para entrar na trilha sonora de um filme, assim como na longa "Spacetime Fairytale" e na cheia de metáforas "Coin". O disco encerra com "Loveology", de refrão grudento, e "Through a Door", uma bonita canção sobre como é bom estar em casa.

Sabe aquela série que só embala a partir da metade da temporada e acaba muito bem? O exemplo pode ser usado no novo álbum de Regina Spektor. O começo de "Home, Before and After" pode não agradar, mas a segunda metade compensa e muito.

Tracklist:

1 - "Becoming All Alone"
2 - "Up the Mountain"
3 - "One Man's Prayer"
4 - "Raindrops"
5 - "SugarMan"
6 - "What Might've Been"
7 - "Spacetime Fairytale"
8 - "Coin"
9 - "Loveology"
10 - "Through a Door"

Avaliação: muito bom