O segundo álbum de estúdio de Julien Baker, "Turn Out the Lights" (2017), levou a guitarrista ao sucesso aos 22 anos. O tempo passou, ela amadureceu e o novo disco começou a ser planejado no final de 2019, mas ela, e ninguém, sabia que viria uma pandemia para acabar com planos e adiar tudo. Mas ela conseguiu ter forças para lançar "Little Oblivions", terceiro trabalho da carreira. Agora aos 25 anos, Baker parece cada vez mais pronta para evoluir a própria música.
O disco começa com "Hardline", uma canção bem diferente do resto do trabalho da cantora. E começar assim mostra que ela está disposta a colocar o que foi feito um pouco de lado para arriscar mais. O resultado não poderia ter sido melhor. O trabalho segue e Baker experimenta mais e usa mais elementos para construir o arranjo -- um bom exemplo é "Bloodshot". É essa evolução musical que era esperado por parte dela.
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Um dos destaques do álbum é a melancólica "Faith Healer". A canção trata de um assunto muito pesado, que é o retorno ao uso de drogas e como os traficantes têm um "poder" para convencer qualquer um a usar novamente após ter parado. Até baladas de bom nível Baker entrega nesse álbum, como as bonitas "Crying Wolf", "Ringside" e "Song in E".
Outro destaque é "Favor" do potente e triste verso "I always wanna tell the truth/ But it never seems like the right time/ To be serious enough/ I'm sorry I'm making myself cry". Em tempos como esses, qualquer coisa mais triste joga qualquer pessoa para baixo, e ainda surge "Repeat", outro petardo, para confirmar esse sentimento com relação ao álbum.
Julien Baker entrega um dos discos mais bonitos do ano até agora. Mais maduro musicalmente, o trabalho serviu para mostrar que agora a experiente guitarrista avança cada vez mais na criatividade e está pronta para ir ainda mais além.
Tracklist:
1 - "Hardline"
2 - "Heatwave"
3 - "Faith Healer"
4 - "Relative Fiction"
5 - "Crying Wolf"
6 - "Bloodshot"
7 - "Ringside"
8 - "Favor"
9 - "Song in E"
10 - "Repeat"
11 - "Highlight Reel"
12 - "Ziptie"
Avaliação: ótimo
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