Resenha: Sunn O))) – Kannon (2015)


O Sunn O))) é encaixado no subgênero drone metal, um estilo de heavy metal mais lento, de longa duração das melodias e repetição excessiva de instrumentos, alongando muito a duração de uma faixa. Depois de algumas parcerias ao longo dos últimos anos, a banda resolveu lançar um novo disco de inéditas, seis anos depois de Monoliths & Dimensions.

Kannon traz tudo isso novamente. Um pouco mais curto que os anteriores, pouco mais de 30 minutos de duração, o álbum traz o ecoar das guitarras em “Kannon1” – aliás, o disco é composto por “Kannon1”, “Kannon2” e “Kannon3” –, beirando uma espécie de ópera rock progressiva melancólica. O vocal completamente distorcido e arrepiante causa impacto, ainda mais quando encara-se o disco como um filme de terror.

A seguinte é ainda mais sombria, beirando uma espécie de culto ou qualquer coisa semelhante. E a última segue o mesmo caminho, só que ainda mais cheia de instrumentos distorcidos, criando quase uma realidade paralela ao que estamos vivendo. O grande mérito do Sunn O))) é conseguir criar peças em que o ouvinte se envolve do início ao fim, quase como uma ida a um museu em que você se atrela àquele momento ao ver as obras de arte.

Um disco assim é muito difícil se ser concebido. Primeiro, a dificuldade em encaixar tudo para fazer sentido. Segundo, não é um disco para qualquer um por exigir disposição e até um tipo de estudo para ir ao mais fundo possível na estrutura e na linguagem instrumental. Poucas pessoas vão gostar e ainda menos vão querer ouvir. Não é um álbum de fácil digestão, tampouco é para ser ouvido poucas vezes.

Em resumo, para quem gosta de um tipo de instrumental diferente, escute.

Tracklist:

1 – “Kannon1”
2 – “Kannon2”
3 – “Kannon3”

Nota: 3,5/5



Veja também:
Resenha: Baroness – Purple (2015)
Resenha: Christian Scott – Stretch Music (Introducing Elena Pinderhughes)
Resenha: Leon Bridges – Coming Home
Resenha: Sara Bareilles – What's Inside: Songs from Waitress
Resenha: Coldplay – A Head Full of Dreams
Resenha: The World Is a Beautiful Place & I Am No Longer Afraid to Die – Harmlessness
Resenha: Grimes – Art Angels

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais! Isso ajuda pra caramba o blog a crescer e ter a chance de produzir mais coisas bacanas.


Meu sonho é que o Music on the Run, que começou como hobby, vire uma coisa mais legal e bacana no futuro, com muito conteúdo em texto, podcast e mais coisas, porque eu acredito que dá para fazer mais e melhor com o apoio de quem lê o blog.
Apoie:
Você não quer se comprometer em uma assinatura? Não tem problema, pode doar qualquer valor em reais via PagSeguro: