Resenha: The Staves – If I Was


As Staves são formadas pelas irmãs Emily Staveley-Taylor (vocais), Jessica Staveley-Taylor (vocais e violão) e Camilla Staveley-Taylor (vocais e ukelele), e vêm construindo uma carreira de certo sucesso nos últimos três anos ao fazer turnês com nomes como Bon Iver e Civil Wars e gravado com a lenda da música inglesa Tom Jones.

Com três EPs e um disco, elas colocaram no mercado na última semana If I Was, o segundo trabalho em estúdio do trio. Diferente as Haim, as Staves apostam em algo mais lírico, muito próximo do que faz Florence Welch com o Florence and the Machine. No novo registro, eles começam com "Blood I Bled", faixa semiacústica bem delicada e que elas usam bem os vocais para completar umas as outras – a bonita letra funciona bem.

Segunda canção, até que "Steady" funciona bem, apesar de soar uma cópia mais leve de Florence and the Machine. Mas a partir de "No Me, No You, No More", o disco desanda de maneira incrível. A começar por esse sonífero em forma de música. E até confesso que a melodia é interessante por trazer um clima mais clássico aos ouvidos, porém é só. O coro do trio cantando só aumentou a sonolência.

A aceitável "Black & White" antecede "Damn It All", momento em que ajoelhei e pedi a Deus para que acabasse logo de tão chata e insuportavelmente ruim que é. A animadinha "The Shining" até que alivia um pouco a sonolência com sua pegada pop, enquanto a próxima, "Don't You Call Me Anymore", tão sonolenta quanto algumas presentes neste álbum.

Depois de tanta coisa ruim, até que "Horizons" funciona melhor, principalmente por ser construída com base no piano, e "Teeth White" também se sai bem por apostar na simplicidade. Após dez músicas, enfim, uma balada que preste: "Make It Holy" é sensível, bem feita do início ao fim e pode até enganar o ouvinte de que esse é um bom disco e o final melancólico ("Sadness Don't Own Me") é uma prova disso.

Com certeza, é um dos trabalhos mais chatos e enfadonhos que ouvi neste ano. Algumas músicas ainda se salvam, mas é muito pouco em comparação a discos e músicos de estilo semelhante. Poupem seus ouvidos disso e passem bem longe. Não vale a pena.

Tracklist:

1 - "Blood I Bled"
2 - "Steady"
3 - "No Me, No You, No More"
4 - "Let Me Down"
5 - "Black & White"
6 - "Damn It All"
7 - "The Shining"
8 - "Don't You Call Me Anymore"
9 - "Horizons"
10 - "Teeth White"
11 - "Make It Holy"
12 - "Sadness Don't Own Me"

Nota: 1/5


Veja também:
Resenha: Alabama Shakes – Sound and Color
Resenha: Godspeed You! Black Emperor - Asunder, Sweet and Other Distress
Resenha: Prodigy – The Day Is My Enemy
Resenha: Villagers - Darling Arithmetic
Resenha: Seasick Steve – Sonic Soul Surfer
Resenha: Guadalupe Plata – Guadalupe Plata 2015
Resenha: Bixiga 70 – Bixiga 70 III

Siga o blog no Twitter, Facebook, Instagram, no G+, no no Tumblr e no YouTube

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!