Resenha: Gang of Four – What Happens Next


Uma das grandes bandas do pós-punk britânico, o Gang of Four passou por muitas idas e vindas em sua formação – atualmente, apenas Andy Gil segue no grupo desde o início. Além de Gil, Thomas McNeice, John "Gaoler" Sterry e Jonny Finnegan completam o grupo, que lançou What Happens Next no início deste ano.

Se eu não lembrasse que estava em 2015, juraria que "Where the Nightingale Sings", canção inicial do oitavo álbum da banda, saiu de alguma mistura entre Krafwerk, New Order com anos 1980. É, no mínimo, diferente ouvir uma canção cheia de overdubs e seu encerramento melancólico. A primeira das quatro participações do disco é de Alison Mosshart, vocalista do Kills, em "Broken Talk", faixa com a cara dela – caiu como uma luva para Mosshart cantar.

As guitarras em "Isle of Dogs" até que chamam atenção, mas é só. Parece que falta alguma coisa em uma das menos empolgantes canções da história da banda, já "England's In My Bones" mostra uma Mosshart mais inspirada do que nunca em um momento do disco que parece ter sido feito sobmedida para ela. Em "The Dying Rays", é possível ouvir uma temática pesada, enquanto a melodia ao fundo ajuda a criar certo clima de melancolia.

Por soar bem perto do industrial, "Obey the Ghost" agrada por ser pesada e usar muito da força nos instrumentos, principalmente na metade final, enquanto "First World Citizen" trabalha mais o lado simples – guitarra distorcida e cheia de efeitos, baixo e bateria e só. Com jeito de pop-eletrônico-moderno, "Stranded" é outra que pode desagradar alguns ouvidos que buscam coisas melhores.

"Graven Image" é comum e um tanto sem graça, e ainda tem uma batida extremamente irritante. E, por fim, "Dead Souls" aparece sem deixar alguma lembrança boa, mostrando que o Gang of Four não foi muito feliz na escolha do que fazer no novo disco. Parece tudo meio disperso, sem graça e sem alma. Uma pena, porque esperava muito mais deles.

Tracklist:

1 - "Where the Nightingale Sings"
2 - "Broken Talk" (feat. Alison Mosshart)
3 - "Isle of Dogs"
4 - "England's In My Bones" (feat. Alison Mosshart)
5 - "The Dying Rays" (feat. Herbert Grönemeyer)
6 - "Obey the Ghost"
7 - "First World Citizen" (feat. Gail Ann Dorsey)
8 - "Stranded"
9 - "Graven Image" (feat. Robbie Furze)
10 - "Dead Souls"

Nota: 2/5

Veja também:
Resenha: Tom Cochrane – Take It Home
Resenha: Snarky Puppy - Sylva
Resenha: The Staves – If I Was
Resenha: Alabama Shakes – Sound and Color
Resenha: Godspeed You! Black Emperor - Asunder, Sweet and Other Distress
Resenha: Prodigy – The Day Is My Enemy
Resenha: Villagers - Darling Arithmetic
Siga o blog no Twitter, Facebook, Instagram, no G+, no no Tumblr e no YouTube

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!