Resenha: Glen Hansard – Between Two Shores


Cantor lançou o terceiro disco de estúdio de sua carreira há poucas semanas

Membro de duas bandas, The Frames e The Swell Season, vencedor do Oscar em Melhor Canção Original pelo filme Apenas Uma Vez (2006) e fazendo participações em seriados, Glen Hansard parece não cansar de tanto trabalhar por ainda conseguir tempo para tocar uma sólida carreira de sucesso – pelo menos na Irlanda, terra natal. Between Two Shores é o terceiro álbum de estúdio da curta, mas importante carreira solo.

A pegada folk de seus trabalhos anteriores ganha uma encorpada em "Roll On Slow", quando arranjos de sopro e uma guitarra se fazem presentes ao longo de pouco mais de três minutos. É um início dos mais empolgantes e até surpreendente. "Why Woman", segunda faixa do álbum, traz mais o estilo homem-cantando-sobre-gostar-de-uma-mulher-que-não-gosta-dele. É batido, mas ficou bom.

Veja também:
Resenha: Shame – Songs of Praise
Resenha: Charlotte Gainsbourg – Rest
Resenha: Björk – Utopia
Resenha: Nevilton – Adiante
Resenha: Noel Gallagher's High Flying Birds – Who Built the Moon?
Resenha: Morrissey – Low in High School
Resenha: Julien Baker – Turn Out the Light

powered by TinyLetter


"Wheels on Fire" tem um jeitão mais pop e é bem fácil de sair cantando sem precisar de muitas audições para isso – funciona, é isso que importa –, bem diferente de "Wreckless Heart". A quarta faixa do trabalho é melancólica, porém pouco acrescenta ao repertório a não ser o bonito solo de trompete. E, sim, solos de trompete vão me conquistar quase sempre. Então começa a perda de fôlego do disco. "Movin' On" não é nada encantadora no disco, apesar do bom potencial no show, depois vem a banal "Setting Forth", que não é compensada por "Lucky Man" – soa uma faixa muito ruim descartada pela Allman Brothers Band.

"One Of Us Must Lose" passa batido por não fazer a menor diferença se estivesse ou não presente. "Your Heart’s Not In It" é outra de pegada mais pop bobinha que acaba sendo boa em comparação com outras, já "Time Will Be the Healer" funciona bem para encerrar o disco.

O problema desse disco é perder fôlego na metade final. O começo é bom e o fim é razoável, mas o meio do disco é genérico, deprimente e preguiçoso. Seria um ótimo EP, porém virou um disco apenas mediano.

Tracklist:

1 - "Roll On Slow"
2 - "Why Woman"
3 - "Wheels on Fire"
4 - "Wreckless Heart"
5 - "Movin' On"
6 - "Setting Forth"
7 - "Lucky Man"
8 - "One Of Us Must Lose"
9 - "Your Heart’s Not In It"
10 - "Time Will Be the Healer"

Avaliação: regular



Me siga no Twitter e no Facebook. E compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

Saiba como ajudar o blog a continuar existindo

Gostou do post? Compartilhe nas redes sociais e indique o blog aos amigos!