Richie Finestra e Zak Yankovich vão até Las Vegas para negociar com Elvis Presley
O começo do sétimo episódio de Vinyl mostra exatamente o que estava acontecendo nos anos 1970. Depois do excesso de drogas no início da década, muita gente estava buscando respostas para entender a vida ou a si mesmo. Uns foram para religião, outros optaram pelo ocultismo, outros partiram para filósofos e/ou pensadores do presente ou do passado. Richie Finestra (Bobby Cannavale), depois de dias drogado e alcoolizado, foi pelo mesmo rumo, uma busca para entender e corrigir os erros.
Finestra busca uma solução para os problemas financeiros da empresa. Um deles é vender o avião, talvez a maior posse física da American Century. Lá vai ele ao lado de Zak Yankovich (Ray Romano) para fechar o negócio na Califórnia e, claro, participar de uma festa. Dos personagens famosos, aparecem Gram Parsons (Wesley Tunison), Stephen Stills (Brett Schneider) e David Crosby (Richard Cline) – um momento interessante é a possível ideia de um retorno de Crosby, Stills, Nash & Young (separados por conta da briga de egos entre eles), que só viria a se concretizar quatro anos depois.
Na tal festa, Finestra e Yankovich ficam sabendo da insatisfação de Elvis Presley (Shawn Wayne Klush) com a gravadora RCA. Eles partem para Las Vegas, onde o cantor se apresentava quase semanalmente, para tentar um acordo. Para isso acontecer, eles precisam conversar com Colonel Tom Parker (Gene Jones), empresário que controlava da carreira e a vida de Elvis desde 1956 – nos últimos dez anos de vida do cantor, Parker levava 50% de todo dinheiro arrecadado em direitos nas músicas, apresentações e filmes.Com o amigo mais interessado em cheirar cocaína e transar com duas mulheres, Finestra vai atrás pessoalmente de Elvis para uma conversa. E parece convencê-lo de que a American Century é a casa que o Rei do Rock precisa para reavivar sua carreira e sair de perto das fãs velhas que gostavam de reviver o passado ao ir em uma apresentação. Só que o final conta exatamente como o Colonel funcionava: ao entrar no quarto, o confiante Elvis vira uma marionete controlada por alguém nada interessado na música, mas apenas na marca e no dinheiro que poderia conseguir usando Presley. Sem acordo, sem Elvis.
O episódio parece marcar o início do fim da gravadora. O dinheiro da venda do avião foi perdido por Richie no jogo em Las Vegas, mas ele não contou ao amigo e ainda decidiu culpá-lo ao mentir. As jogadas estão acabando para tentar o milagre da sobrevivência. E ainda parece que o fim dos problemas não está nem perto de terminar. Lembrem-se: Richie Finestra está sendo vigiado de perto por dois investigadores.
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