Duas críticas: Letrux e Ana Frango Elétrico

Letrux - "Letrux como Mulher Girafa"

Letrux cresceu muito na carreira solo com os trabalhos "Letrux em Noite de Climão", de 2017, e "Letrux aos Prantos", de 2020. Agora, em "Letrux como Mulher Girafa", ela dá um passo além ao misturar o lado musical experimental com letras carregadas de poesia. A liberdade artística é algo a ser admirado, mas, nesse caso, o trabalho avança mais rápido do que alguns ouvintes conseguem acompanhar. Inferior aos outros dois, esse álbum soa como o início de uma nova fase, em que ela planeja ousar mais em todos os aspectos da canção. Ainda é um bom disco, apesar de não ser um trabalho que colocarei para ouvir com frequência. "Zebra", com Lulu Santos, é a melhor faixa, e a parte final é superior ao início.

Avaliação: bom

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Ana Frango Elétrico - "Me Chama de Gato que Eu Sou Sua"

O aclamado álbum de estreia, chamado "Little Chicken Heart", colocou atenção e um pouco de pressão na cantora, compositora, instrumentista e produtora Ana Frango Elétrico. Três anos depois, ela retorna com "Me Chama de Gato que Eu Sou Sua", registro em que ela parece querer muito mais se divertir do que provar qualquer coisa a alguém. E isso é ótimo. Com exatos 31 minutos e 31 segundos, o álbum traz referências ao pop dançante ("Electric Fish" e "Boy of Stranger Things"), a música brasileira dos anos 1960, 1970 e 1980 ("Dela", "Nuvem Vermelha", "Coisa Maluca", "Camelo Azul" e "Insista em Mim"). O trabalho mostra uma artista mais solta para mostrar a capacidade musical em fazer do segundo disco da carreira algo sólido, divertido e com uma qualidade absurda nos arranjos.

Avaliação: ótimo

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