Crítica: Baroness - Stone

A pandemia foi responsável pela paralisação de vários discos, peças, filmes e muitas outras coisas. Lentamente, após recuperar as finanças, várias bandas estão com segurança financeira o suficiente para dar um tempo das turnês e finalizar os projetos. Um desses grupos é o Baroness, que lançou recentemente "Stone", o sexto trabalho da carreira.

Ainda em setembro de 2020, quando o mundo estava trancafiado em casa, o vocalista John Dyer Baizley garantiu ter pouco mais de 30 canções para o então futuro trabalho. E, como muitos colegas, trabalhou via videoconferência e trocas de arquivos com os outros integrantes até ser seguro o suficiente para uma reunião em estúdio que, por conta da turnê, só aconteceu em meados de outubro do ano passado.

Veja também:
Crítica: Slow Pulp - Yard
Duas críticas: Danger Mouse & Jemini The Gift e Sonic Boom, Panda Bear & Adrian Sherwood
Crítica: Sufjan Stevens - Javelin
Crítica: Pitty - Admirável Chip Novo (Re)Ativado
Crítica: Cavalera Conspiracy - Morbid Visions
Crítica: Animal Collective - Isn't It Now?

Estou no Twitter e no Instagram. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

"Stone" começa com o desabafo "Embers" e logo parte para "Last Word", uma faixa pesada e cheia de guitarras ao melhor estilo característico da banda. Ao longo de pouco mais de seis minutos, o Baroness mostra logo de cara porque é uma das melhores e mais comentadas bandas de metal dos últimos anos. Logo depois, "Beneath the Rose" não fica atrás em peso, quando é possível ouvir a banda dando o melhor de si para garantir o volume alto da canção.

O álbum também tem espaço para balada reflexiva "The Dirge", mas logo retorna para o peso nas ótimas "Anodyne" e "Shine" ("Today I never saw the sun/ Today your shadow was the only one/ Today I never saw the sun/ Today your shadow was the only one"). Outra grande canção — literalmente, por ter quase oito minutos de duração —, "Magnolia" é dessas que ps fãs vão adorar nos shows. A parte final ainda traz a melancólica "Under the Wheel" e a balada no violão "Bloom".

Mesmo não sendo muito fã de canções longas, a opção faz total sentido na carreira do Baroness e aqui não seria diferente. Em mais um trabalho acima da média e bem produzido, "Stone" coloca o grupo como um dos melhores do metal, ainda que muita gente não queira reconhecer isso.

Tracklist:

1 - "Embers"
2 - "Last Word"
3 - "Beneath the Rose"
4 - "Choir"
5 - "The Dirge"
6 - "Anodyne"
7 - "Shine"
8 - "Magnolia"
9 - "Under the Wheel"
10 - "Bloom"

Avaliação: muito bom