Crítica: King Gizzard & the Lizard Wizard - The Silver Cord

O King Gizzard & the Lizard Wizard segue imparável há muito tempo. Desta vez, o 25º álbum de estúdio da banda tem duas versões: uma curta, com pouco menos de uma hora, e outra estendida com quase uma hora e meia de duração. E. diferentemente do trabalho anterior, finalmente eles partiram de vez para o eletrônico em "The Silver Cord", o 18º disco de inéditas desde 2016.

"Theia": a faixa de abertura já deixa claro que a banda vai continuar os experimentos musicais, só que de outra maneira. Com a mão pesada nos sintetizadores e instrumentos e vocais modificados com os efeitos, eles partem com tudo para uma música eletrônica sem perder a própria identidade.

"The Silver Cord": sem perder tempo, a segunda faixa do álbum continua na mesma pegada por 30 segundos até diminuir o ritmo para apresentação de uma voz robótica para filosofar sobre nascimento e não-nascimento.

"Set": o ritmo é alterado completamente na sequência do álbum com uma faixa dançante ao melhor estilo anos 1990. Claramente inspirada nos melhores artistas de sucesso da época, "Set" tem uma boa chance de ganhar uma versão remix em pouco tempo.

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"Chang'e": mais semelhante às faixas do trabalho anterior, a quarta canção de "The Silver Cord" talvez seja o ponto de intersecção ideal entre os dois últimos discos do King Gizzard e o novo. É o ponto alto do disco, o momento de êxtase, aquele momento na pista de dança que o DJ fez todo mundo embalar sem precisar fazer muito esforço.

"Gilgamesh": e difícil não achar que "Gilgamesh" não foi inspirada no Pet Shop Boys pela inspiração ser bem clara por ser bem grudenta e repetitiva ("Gilgamesh/ I vow to disembowel/ The battle begins, the heavens turn to darkness/ Gilgamesh").

"Swan Song": o disco ganha tração mais uma vez na mais "fritação" de todas as canções do álbum. O ritmo acelerado do vocal e do sintetizador contrasta com o peso e lentidão do piano, que, por incrível que possa parecer, fazem um casamento perfeito.

"Extinction": agitada do início ao fim, a última música do disco mostra um King Gizzard tentando encontrar o equilíbrio entre o disco anterior e os experimentos eletrônicos. Acaba funcionando bem como ponto final do curto álbum.

Mais um trabalho acima da média, "The Silver Cord" coloca o grupo australiano em uma posição de partir para algo mais experimental sem perder as características que os levaram ao sucesso. De maneira geral, o álbum soa como um novo começo para uma banda que não para de fazer coisas novas.

Tracklist:

1 - "Theia"
2 - "The Silver Cord"
3 - "Set"
4 - "Chang'e"
5 - "Gilgamesh"
6 - "Swan Song"
7  - "Extinction"

Avaliação: muito bom

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