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Fito Páez é celebrado como um dos mais famosos artistas argentinos de todos os tempos. Famoso desde o final dos anos 1970, integrou a banda de Charly Garcia e partiu para carreira solo na década seguinte. Acumulou sucessos, fracassos e voltou com tudo e atingiu o auge musical com os álbuns "Tercer Mundo" e "El Amor Después del Amor", do início dos anos 1990.
É esse período retratado na nova produção da Netflix Argentina, que no Brasil ganhou o péssimo nome de "Amor e Música: Fito Páez", dirigida pela dupla Felipe Gómez Aparicio e Gonzalo Tobal. Em oito episódios, podemos ver todos os traumas, evolução musical, problemas com drogas e como Fito virou o artista que é atualmente.
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O seriado parte de duas histórias correndo em paralelo: a infância e o início da fase adulta até o músico completar 30 anos. Toda vez que acontece algo no presente, uma história do passado surge para sabermos um pouco mais dele. No começo, soa como um bom recurso para entendermos como a timidez excessiva o fez começar a beber muito e a usar drogas. O problema de usar um recurso tantas vezes é deixar de ser recurso para ser muleta narrativa. Cansa um pouco ver Fito relembrando o passado toda vez quando algo acontecido no presente o abala e, talvez, a edição e a direção pudessem ter feito um trabalho diferente para não usar a carta do flashback em praticamente toda situação.
Para compensar, um dos trunfos da série é a ótima caracterização de Ivan Hochman como personagem principal, assim como de Michaela Riera como Fabiana Cantillo. O resto do elenco não fica atrás, sendo a única nota negativa Jean Pierre Noher como André Midani - não ficou legal.
Outro trunfo é a quantidade de clássicos do rock argentino tocado ao longo dos oito episódios e é muito divertido descobrir como Fito fez cada canção, sempre inspirada em momentos marcantes da própria vida. Também é importante destacar a importância de Charly Garcia e Luis Alberto Spinetta na vida dele, dois gênios que rapidamente o reconheceram como um igual logo nos primeiros anos da carreira e fundamentais nos momentos mais trágicos da vida do pianista.
"Amor e Música: Fito Páez" é um bom para um feriado ou um final de semana e só. Apesar de algumas falhas aqui e ali, é um importante material para conhecermos um pouco mais da história de um dos gênios do rock argentino e como ele toca nossos corações até hoje com canções eternizadas para sempre.
Avaliação: bom
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