Regina Duarte deixa Cultura sem nunca ter sido nada além de um enfeite

Foto: Reprodução/ Jair Bolsonaro/ Twitter

Nesta quarta-feira (20), Regina Duarte deixou a secretaria especial da Cultura. Saiu sem nunca ter entrado. Duarte foi um fiasco aos olhos públicos de quem nutria, ainda que mínimas, esperanças de uma boa gestão em meio a uma pandemia. A ex-atriz continua no governo, agora na Cinemateca em São Paulo, deixando um gosto amargo em quem esperava muito, principalmente dos ex-colegas de profissão, e um "eu já sabia" de quem não esperava nada.

Muitos dirão que a missão não era das mais fáceis, afinal olha o que tá aí, tá ok? Mas ela é uma apoiadora histérica desse governo, dessas que, se pudesse, estaria no cercadinho diariamente gritando palavras de ordem e berrando contra a imprensa diariamente. Mesmo sendo fritada todos os dias pela chamada ala ideológica do governo, ela não abandonou Jair Bolsonaro em momento algum. A entrevista para CNN Brasil serviu de termômetro para ver o alinhamento dela com o governo. É 100%.

Veja também:
Coronavírus: Brasil não paralisar eventos é pedir por calamidade pública
Guerra de narrativas só torna incêndio na Universal ainda mais lamentável
Shakira e Jennifer Lopez entregam show competente no intervalo do Super Bowl


Ao longo de pouco mais de três meses como secretária especial da Cultura, nada foi feito de efetivo na área para amenizar o fato de cinemas, casas de shows e espetáculos estarem fechadas por tempo indeterminado em todo Brasil. Nenhuma medida efetiva foi tomada para tornar a vida desses trabalhadores, do eletricista ao maquiador, um pouco menos pior em um momento tão difícil. Tudo que Regina Duarte fez foi apoiar os passeios públicos de Bolsonaro e publicar fotos defendendo o fim do STF (Superior Tribunal Federal).

Também durante a curta gestão, ela foi alvo dos ex-colegas com cartas, tuítes e abaixo-assinados contra a gestão. Sumida durante alguns dias, apareceu na CNN Brasil no início deste mês. Foi um desastre. E o processo de fritura antes discreto, virou público. Todos sabiam que ela seria demitida em algum momento, só faltava assinar, como diriam alguns jornalistas de futebol sobre a saída de algum técnico. Chegou o dia.

O último ato não poderia ter sido algo mais patético: um vídeo para as redes sociais em que serve de apoio, quase um alívio cômico, ao presidente em um pedido para sair por "saudade da família". A antes namoradinha do Brasil contentou-se com isso ao largar uma carreira na TV. Mas a fidelidade acaba sendo premiada ao conseguir um um novo cargo público no terceiro escalão.

Continue no blog:



Siga o blog no Twitter e no Facebook e assine o canal no YouTube. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

Gostou do post? Compartilhe nas redes sociais e indique o blog aos amigos!