Coronavírus: Brasil não paralisar eventos é pedir por calamidade pública


As atividades no mundo estão parando por conta do novo coronavírus, o COVID-19. Cinemas, teatros, shows e todo e qualquer evento com grandes aglomerações estão sendo cancelados ou adiados por conta da atual situação de pandemia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Mas tudo parece mais normal do que nunca no Brasil.

Até o momento da publicação deste texto, nenhum governante anunciou qualquer paralisação total dos eventos ou instruções claras para empresas e funcionários sobre como lidar com o coronavírus nessa fase ainda inicial de contágio aqui dentro. Segundo alguns especialistas, o Brasil já está atrasado com relação às providências tomadas para evitar contaminações e piorar uma situação que, nos números de infectados, parece estar controlada.

Mas sabemos que não é bem assim.


A questão está em espalhar a doença por aí. Uma pessoa contaminada faz um estrago bastante razoável em um ambiente de show, por exemplo. Imaginem só essas casas de espetáculos pequenas, com capacidade de até 500 pessoas, com uma ou duas pessoas contaminadas. Em duas semanas ou menos, praticamente todo mundo estará com a doença em algum estágio. E imaginem só todas essas pessoas procurando atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde) ou pagando hospitais particulares? É pedir para o caos ser implantado nos hospitais.

As cidades, os Estados e o Governo Federal não estão agindo com o devido temor com relação a isso. Parecem não ter ideia de ter hospitais operando além da capacidade máxima, uma situação que a Itália mostra bem que não dará nada certo no médio prazo. Nenhum sistema de saúde aguenta superlotação, por mais bem preparado que esteja (já defendeu o SUS hoje?). Em resumo: já ter deveriam agido para evitar ao máximo o que eles chamam de "transmissão comunitária" -- quando o vírus começa a ser transmitido dentro do país.

Por mais que gostemos de eventos com casa cheia, um grande divertimento para todos os envolvidos, é hora de colocar a mão na consciência e abrir mão disso enquanto a situação não estiver minimamente controlada. A China, epicentro da doença, registrou o menor número de casos desde o início do contágio em grande escala.

O problema de torcer para qualquer governo é perceber que, para muitos ali, apenas o dinheiro é o que conta em qualquer hora. Até mesmo nessa.

O Globo produziu um guia muito bom para ser baixado. Clique aqui para acessar.

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