Resenha: King Gizzard & the Lizard Wizard - Infest the Rats' Nest


Não tem jeito: o King Gizzard & the Lizard Wizard é o grupo musical mais instigante do momento. No primeiro semestre deste ano da graça de 2019, a banda australiana lançou o ótimo "Fishing for Fishies" -- um dos melhores álbuns deste ano. Mas para quem lançou cinco discos em 2017, apenas um parece pouco, certo? Pois bem, na última sexta-feira (16), eles disponibilizaram "Infest the Rats' Nest". É o 15º álbum de estúdio deles.

"Planet B" abre o trabalho soando como uma banda punk, mas logo o peso entra em ação para mostrar que eles fizeram algo bem pesado. Essa mescla desse som mais denso com velocidade continua ao longo de quase quatro minutos, mostrando o potencial deles para fazer o que der na telha. Em "Mars for the Rich", a banda explora a corrida espacial até Marte, que, segundo eles, só vai atrair ricos. Os pobres não terão a menor chance de fugir da Terra caso haja alguma catástrofe mundial acontecendo bem debaixo do nosso nariz.

Veja também:
Resenha: Creedence Clearwater Revival - Live at Woodstock
Resenha: Kaiser Chiefs - Duck
Resenha: Violent Femmes - Hotel Last Resort
Resenha: Baroness - Gold & Grey
Resenha: Scalene - Respiro
Resenha: Flaming Lips - King's Mouth


Claro que não poderia faltar o momento metal espadinha, presente em "Organ Farmer" -- eles cantam umas coisas meio nojentas, então cuidado se você tiver estômago fraco. Como deu para ver, é um trabalho sobre tragédias que podem atingir a humanidade em um futuro próximo. E "Superbug" trata de uma superbactéria que pode matar a todos. Eles contam essa história de uma forma mais falada do que cantada, com um vocal bem gutural -- parece muito com o Sepultura dos tempos dos irmãos Cavalera.

Depois vem uma sequência de uma história dividida em duas partes: "Venusian 1" fala sobre como um grupo de humanos ocupa Vênus e sua atmosfera bastante hostil, enquanto "Venusian 2" retoma a velocidade. No meio das duas está a agitada e grudenta "Perihelion", a melhor faixa do trabalho justamente por ter o potencial de prender qualquer ouvinte em seus pouco mais de três minutos.

A penúltima faixa explora mais essa fuga da humanidade para Vênus. "Self-Immolate" diz muito mais sobre nós do que qualquer outra coisa. E, por fim, "Hell" mostra o resultado nada agradável dessa fuga para o desconhecido. E eles acertaram, realmente a última faixa tem cara de final de álbum.

Se você acredita em Terra plana, definitivamente, esse álbum não é para você. Mas se você demonstra algum tipo de interesse no que acontece no nosso planeta, esse trabalho conceitual vai te chamar atenção. Bem feito e explorando boa parte das vertentes do metal, King Gizzard & the Lizard Wizard mostra que é uma das boas bandas da atualidade. E que não se prender a nenhum estilo é sua maior e melhor característica.

Tracklist:

1 - "Planet B"
2 - "Mars for the Rich"
3 - "Organ Farmer"
4 - "Superbug"
5 - "Venusian 1"
6 - "Perihelion"
7 - "Venusian 2"
8 - "Self-Immolate"
9 - "Hell"

Avaliação: ótimo




Siga o blog no Twitter e no Facebook e assine o canal no YouTube. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

Gostou do post? Compartilhe nas redes sociais e indique o blog aos amigos!

Continue no blog: