Resenha: Karen O & Danger Mouse - Lux Prima


É o primeiro disco da parceria dos "indie velho"

A divulgação do trabalho em conjunto de Karen O e Danger Mouse agitou o mundo indie, pois ambos vêm da bandas conhecidas -- o Broken Bells (clique aqui e leia a resenha do disco lançado em 2014) e o Yeah Yeah Yeahs (aqui para ler a resenha de "Mosquito" e aqui para conhecer a história do primeiro disco de estúdio da banda), respectivamente, com imenso destaque para a segunda. Por isso, o primeiro disco da parceria é o encontro de um mundo ideal, vou colocar assim. "Lux Prima" foi disponibilizado no último dias 15 de março nos formatos físico e digital.

A faixa-título abre o trabalho dando como será o clima: uma coisa bem experimental e fora de qualquer padrão, e bem parecido com o trabalho feito por Karen O em "Crush Songs" (2014), mas com mais efeitos e a intenção de inserir o ouvinte dentro de uma proposta quase psicodélica. Para quem estava fazendo o primeiro disco colaborativo, é um bom começo.

Veja também:
Resenha: Amanda Palmer - There Will Be No Intermission (NSFW)
Resenha: Rival Sons - Feral Roots
Resenha: Stephen Malkmus - Groove Denied
Resenha: Meat Puppets - Dusty Notes
Resenha: The Claypool Lennon Delirium - South of Reality
Resenha: Weezer - Weezer (Black Album)


E se "Ministry" aposta em um refrão certeiro para cativar o ouvinte, "Turn the Light" aposta no lado mais agitado para se diferenciar das duas primeiras. E aqui é possível ouvir o capricho da produção em deixar tudo redondo, já "Woman" é muito próxima do trabalho feito pela vocalista no Yeah Yeah Yeahs, principalmente por exaltar a força interna da mulher. É a canção que poderia fazer parte de qualquer disco do grupo com total tranquilidade.

O refrão grudento retorna em "Redeemer", e isso funciona muito bem nesse clima criado pela dupla, que conseguiu ir para outro lado completamente oposto na melancólica "Drown". Cheia de efeitos e até assustadora, mostra o outro lado musical deles -- mais poético e lúdico. O lado agitado retorna em "Leopard's Tongue", mas a faixa que surpreende é "Reveries", pois lembra, de fato, o único álbum solo de Karen O na essência. Para encerrar, "Nox Lumina" é uma canção muito bonita e muito melancólica.

O trunfo da parceira é saber o que cada um pode oferecer de melhor e colocar em prática. Isso acaba sendo fundamental para mostrar que há várias maneiras de fazer música, inclusive combinadas. Esse disco é um trabalho muito bom e bonito, e isso basta.

Tracklist:

1 - "Lux Prima"
2 - "Ministry"
3 - "Turn the Light"
4 - "Woman"
5 - "Redeemer"
6 - "Drown"
7 - "Leopard's Tongue"
8 - "Reveries"
9 - "Nox Lumina"

Avaliação: muito bom

Clique aqui para ouvir "Woman" e aqui para ouvir "Lux Prima"


Siga o blog no Twitter e no Facebook e assine o canal no YouTube. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

Saiba como ajudar o blog a continuar existindo

Gostou do post? Compartilhe nas redes sociais e indique o blog aos amigos!

Continue no blog: