Resenha: White Lies - FIVE


Banda lança o quinto trabalho de estúdio da carreira

O White Lies surgiu no fim da primeira década dos anos 2000 com aquela típica empolgação jovem britânica de quem, no emaranhado de bandas que surgem o tempo inteiro na pequena ilha, conseguiu destaque suficiente para chamar a atenção de muita gente ao redor do globo. Desde então, eles conseguiram manter uma fiel base de fãs consumidora dos últimos discos.

Sucessor de "Friends" (2016), "FIVE", o quinto trabalho do trio formado por Harry McVeigh (vocal e guitarra), Charles Cave (baixo e vocal de apoio) e Jack Lawrence-Brown (bateria), foi disponibilizado recentemente em formatos físicos e digital. E o novo disco começa com "Time to Give", maior faixa em duração da discografia do grupo, um apelo melancólico sobre a vida que mistura Interpol com Hot Chip -- não, isso não é tuíte do @resenhabot, eu juro. E ainda tem uma boa e longa parte instrumental, ajudando a amarrar bem essa primeira impressão do álbum.

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Há uma maturidade musical nessa abertura, complementada muito bem em "Never Alone". A segunda faixa do disco traz o ar dançante para agradar uma parte e o tom de desabafo para outra -- uma mistura nada nova, mas funciona muito bem aqui. Assim como "Finish Line" e seu arranjo arrebatador na parte final, desses engolidores de ouvinte.

Uma das boas qualidades de "FIVE" é o bom uso do refrão em cada música. Grudentos, conseguem conectar muito bem os versos e não deixam espaço para vazios ou qualquer outro tipo de complemento. É o caso de "Kick Me", outra que também traz uma longa parte instrumental -- essa já na parte derradeira. E ainda tem a ótima e absurdamente grudenta "Tokyo", essa com referências à várias cidades do mundo.

"Jo?" mostra como é possível equilibrar o lado mais sério com uma parte dançante e explosiva, dessas de arrebentar no show -- também uma ótima faixa --, enquanto "Denial" e "Believe It" se garantem no refrão grandioso aliado com uma letra melancólica bem direta. E "Fire and Wings" encerra o disco de maneira épica e com um recado (All the bravest boys, waiting for the world end).

Mais uma grata surpresa desse início de ano, o novo disco do White Lies alia o desejável para uma banda: canções grudentas e de tom pessoal. O trio britânico acertou muito do início ao fim ao escolher esse repertório, encaixado entre si muito bem. É difícil não querer ouvir o disco mais uma vez logo após o final da audição. É desses álbuns viciantes.

Tracklist:

1 - "Time to Give"
2 - "Never Alone"
3 - "Finish Line"
4 - "Kick Me"
5 - "Tokyo"
6 - "Jo?"
7 - "Denial"
8 - "Believe It"
9 - "Fire and Wings"

Avaliação: ótimo




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