Resenha: Better Oblivion Community Center - Better Oblivion Community Center


Disco é a união da dupla formada por Conor Oberst e Phoebe Bridgers

O longo nome pode colocar o Better Oblivion Community Center na lista de bandas imensas, dessas com mais de cinco integrantes. Mas não é verdade. Formado por Conor Oberst e Phoebe Bridgers, o primeiro trabalho de estúdio saiu de surpresa no final do último mês de janeiro e consolidou a parceria da dupla. Eles se conheceram em um evento quando Oberst foi o apresentador e Bridgers cantou, e isso gerou o convite para ele fazer uma participação especial no último disco de estúdio da cantora.

Primeira faixa a ser composta pela dupla, "Didn't Know What I Was in For" mostra com exatidão como será a temática do disco: uma mistura de melancolia e leveza muito presentes. Por exemplo, a faixa inicial fala sobre saúde mental e refugiados, dois temas muito presentes em algumas discussões atuais. Se a voz de Phoebe Bridgers é bem delicada, Conor Oberst tem um tom mais rústico, e isso aparece com clareza em "Sleepwalkin'". O tom delicado está ali, mas o uso de mais instrumentos dá mais força para ela.

Veja também:
Resenha: BaianaSystem - O Futuro Não Demora
Resenha: Tedeschi Trucks Band - Signs
Resenha: Chaka Khan - Hello Happiness
Resenha: Bob Mould - Sunshine Rock
Resenha: Jards Macalé - Besta Fera
Resenha: Girlpool - What Chaos Is Imaginary
Resenha: Weezer - Weezer (Teal Album)


Um ponto alto desse disco é o fato de ele ser praticamente ao vivo, então dá para ouvir a voz e as imperfeições com clareza. Caso da melhor faixa do trabalho, a terceira, chamada "Dylan Thomas". Obviamente, é cheia de referência á obra do poeta de imenso legado até hoje. E a tocante "Service Road" é uma homenagem ao irmão Oberst, Matt, morto aos 42 anos (Thought that he was doing better/ A notice, final eviction, he just laughs/ Always had a sense of humor/ Still joked until the bitter end/ All those threats he made, can't walk them back).

Misturando muitos efeitos, Exception to the Rule" é aquele de batida animada para uma letra triste, enquanto "Chesapeake", nome de uma cidade na Virgínia, retoma o ritmo melancólico. O mesmo acontece com "My City", mas essa tem mais chance de cativar o ouvinte por conta da letra e do arranjo um pouco mais animado.

"Forest Lawn" abre a parte final com um tom muito pessoal e chama a atenção por retornar ao início da letra. "Big Black Heart" surge e brinca mais com instrumentos e cordas e efeitos e, por fim, "Dominos" aborda vício e busca de significado na vida e nas artes. É muito profunda. E bonita.

A estreia da dupla em "Better Oblivion Community Center" é muito bonita e, com ajuda dos arranjos, consegue tocar em temas delicados de maneira muito elegante. Vale o play, mas separe uns lenços antes.

Tracklist:

1 - "Didn't Know What I Was in For"
2 - "Sleepwalkin'"
3 - "Dylan Thomas"
4 - "Service Road"
5 - "Exception to the Rule"
6 - "Chesapeake"
7 - "My City"
8 - "Forest Lawn"
9 - "Big Black Heart"
10 - "Dominos"

Avaliação: muito bom




Siga o blog no Twitter e no Facebook e assine o canal no YouTube. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog!

Saiba como ajudar o blog a continuar existindo

Gostou do post? Compartilhe nas redes sociais e indique o blog aos amigos!

Continue no blog: