Resenha: Lieutenant – If I Kill This Thing We're All Going To Eat For A Week


Por incrível que pareça, Nate Mendel é o único membro da formação original do Foo Fighters, fora Dave Grohl, que nunca deixou a banda – ele acenou com a possibilidade e chegou a sair, mas mudou de ideia no dia seguinte. Ex-Sunny Day Real Estate, o baixista manteve-se na sombra de Grohl, do baterista Taylor Hawkins e de Pat Smear.

Vendo o vocalista animar-se em fazer coisas diferentes, como documentários e séries, Mendel também resolveu deixar o conforto de gravar apenas as coisas do Foo Fighters para aventurar-se em um projeto solo, Lieutenant, em que ele dá as cartas pela primeira vez na carreira.

A expectativa pelo por esse trabalho de Mendel era baixa, por isso a primeira música surpreende tanto. "Belle Epoque" tinha muito potencial para fazer parte do repertório do Foo Fighters por ser uma balada leve no violão. O que também surpreende é como o baixista canta bem – para quem fica a maior parte do tempo calado durante os discos e shows, é uma surpresa e tanto que ele fale. Outra em que o uso do violão é mais presente, "The Place You Wanna Go" é normal e não tem nada de espetacular.

Mais uma balada, "Believe The Squalor" mostra que Mendel pode ir mais além em projetos solos porque tem bastante potencial escondido nele, já "Rattled" começa com um quê de eletrônico, mas logo caminha para algo na linha do pop, assim como "Prepared Remarks", seu refrão grudento e sua melodia assoviável.

Se houvesse tempo para trabalhar o disco de maneira adequada, pelas boas melodia e letra, "Some Remove" daria ótimos clipe e single, por ter todos os itens necessários de uma faixa que faria muito sucesso no rádio, enquanto "Sink Sand" pende mais para o lado experimental e mais alternativo da música. O melhor momento do álbum é "Artificial Limbs", uma balada belíssima que une uma melodia tocante e Mendel em um momento muito inspirado do no vocal. Por fim, "Lift The Sheet" termina o disco não mostrando nada além de que já havia feito.

Para uma estreia, até que Nate Mendel foi correto nas escolhas das músicas e de como estruturar o álbum. É genial? Não. Mas pode ser o início de alguma coisa boa para ele. Aos 46 anos, ele entrou naquela fase de sua vida profissional que pode fazer o que quiser fora do Foo Fighters. E o início disso foi bom.

Tracklist:

1 - "Belle Epoque"
2 - "The Place You Wanna Go"
3 - "Believe The Squalor"
4 - "Rattled"
5 - "Prepared Remarks"
6 - "Some Remove"
7 - "Sink Sand"
8 - "Artificial Limbs"
9 - "Lift The Sheet"

Nota: 3/5

Veja também:
Resenha: Mastery – Valis
Resenha: Swervedriver - I Wasn't Born to Lose You
Resenha: North Mississippi Osborne – Freedom and Dreams
Resenha: Noel Gallagher's High Flying Birds - Chasing Yesterday
Resenha: Kate Pierson - Guitars and Microphones
Resenha: Of Montreal - Aureate Gloom
Resenha: Steve Earle and The Dukes - Terraplane

Siga o blog no Twitter, Facebook, Instagram, no G+, no no Tumblr e no YouTube

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!