Resenha: The Temperance Movement – White Bear


Uma banda de blues já é uma coisa legal, uma banda de blue escocesa é algo que não dá para mensurar. Com apenas seis anos de atividade Temperance Movement é relativamente jovem, mas dá mostras de não se curvar ao que anda fazendo sucesso por aí. Indicado no Conheça (RIP) há um tempo, eles estão lançando o segundo disco de estúdio, chamado White Bear.

Uma guitarra bem empolgante abre os trabalhos do disco em "Three Bulleits", de levada bem suave e animada – um blues rock de bom nível para começar. Mais recheada com vocais de apoio, "Get Yourself Free" tem um pouco menos de blues e tenta compensar com um toque de pop. Sinceramente, esperava um pouco mais dela. O tom épico de "A Pleasant Peace I Feel" ajuda a trazer o melhor momento da banda no disco, principalmente pela ótima parte instrumental.

O hard rock inofensivo de "Modern Massacre" até pode fazer o pessoal dançar, e foi colocado para isso mesmo. Mas isso é bem pouco se comparado com as outras boas faixas anteriores e a até mesmo a seguinte, "Battle Lines", apesar de soar uma cópia do Black Keys. A delicadeza da melodia retorna em "White Bear", uma balada tranquila, mas comum.

"Oh Lorraine" apresenta uma banda querendo mostrar a possibilidade de conseguir aliar elementos, do hard rock ao pop, dentro da mesma faixa. Funciona? Sim, mesmo faltando alguns ajustes para deixar melhor. Agitada, "Magnify" convida o ouvinte a dançar em qualquer lugar, uma boa qualidade desse disco. A genérica "The Sun And The Moon Roll Around Too Soon", a balada "I Hope I'm Not Losing My Mind" e a mediana “Do The Revelation” fecham o disco.

De potencial a um trabalho bom, a metade final não é nada boa. Ao deixar aquele gosto de ‘faltou alguma coisa’, o Temperance Movement mostra que o segundo álbum realmente não é fácil para ninguém.

Tracklist:

1 - "Three Bulleits"
2 - "Get Yourself Free"
3 - "A Pleasant Peace I Feel"
4 - "Modern Massacre"
5 - "Battle Lines"
6 - "White Bear"
7 - "Oh Lorraine"
8 - "Magnify"
9 - "The Sun And The Moon Roll Around Too Soon"
10 - "I Hope I'm Not Losing My Mind"
11 – “Do The Revelation”

Nota: 2,5/5



Veja também:
Resenha: Hinds – Leave Me Alone
Resenha: David Bowie – Blackstar
Resenha: Sunn O))) – Kannon (2015)
Resenha: Baroness – Purple (2015)
Resenha: Christian Scott – Stretch Music (Introducing Elena Pinderhughes)
Resenha: Leon Bridges – Coming Home
Resenha: Sara Bareilles – What's Inside: Songs from Waitress

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais! Isso ajuda pra caramba o blog a crescer e ter a chance de produzir mais coisas bacanas.